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Serraria, multinacional, cerâmica...

A serraria era a Sortino, Lidgerwood a multinacional e uma cerâmica a poucos minutos do centro histórico da cidade

Por Ademir Medici
25/04/2020 | 00:10
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Seguimos com o advogado Gerson Gomes da Silva pela Avenida Queiroz dos Santos. Antes de alcançar o bairro Casa Branca, passamos pela serraria Sortino:
“A Serraria Sortino eu conheci pessoalmente. O comendador Emílio Sortino frequentava a barbearia Cantamessa, onde eu engraxava”, relembra Dr. Gerson.
Na Rua Onze de Junho, a Loja Maçônica João Ramalho. E no Casa Branca, a Lidgerwood, a multinacional que veio para o Rio de Janeiro em 1862, para Campinas em 1868, para São Paulo em 1890. Pela memória de Alécio Cavaggioni, que entrevistamos em 1985, a unidade andreense Lidgerwood começou a funcionar em 1919, fazendo história no então nascente bairro Casa Branca.
Mais à frente, o caminho para Mauá. Imaginem, na Avenida Santos Dumont funcionava uma cerâmica – espaço hoje ocupado pela Escola Senai A. Jacob Lafer.
“Conversando com o amigo João Rodrigues ele me disse que a empresa era a Cerâmica Kosmos ou Cosmos”, acrescenta Dr. Gerson, que lembra também do nascente Mercado Municipal, que ele acompanhou os primeiros passos na virada da década de 1950 para 1960.

Diário há meio século
Sábado, 25 de abril de 1970; ano 12; edição 1218
Manchete – Laudo Natel vai ser o novo governador de São Paulo, indicação do governo militar
Educação – Conselho de Curadores tenta empossar o médico Antonio Borttoleto Capp na direção da Faculdade de Medicina do ABC. Mario Degni, o atual diretor, resiste.
Editorial – Chega-se à conclusão de que o Conselho de Curadores fez tempestade em copo d’água, quando deveria existir o equilíbrio no julgamento e na decisão
Diadema – Delegacia de polícia mudava para a Rua Niterói, 20.

Em 25 de abril de...
1974 – Instalada a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Ferrazópolis, São Bernardo – desmembrada da Paróquia de Santa Terezinha.

Hoje
- Dia do Contabilista, data instituída em 1925, quando da realização do banquete em que as classes contábeis paulistanas ofereceram ao senador João Lira.

Santo do dia
MARCOS. Ou João Marcos. Discípulo de Pedro. Acompanhou Paulo. Redigiu o segundo Evangelho e pregou no Egito
Quatro folhas, galinho e vassoura
Texto: Milton Parron

No último programa Memória sobre Adhemar de Barros (o quarto da série), abordaremos três campanhas políticas:
- 1958. Governo de São Paulo: Adhemar de Barros foi derrotado pelo candidato de Jânio Quadros, Carvalho Pinto.
- 1960. Presidência da República: novo revés de Adhemar, desta vez para o próprio Jânio Quadros.
- 1962. Governo de São Paulo: finalmente, Adhemar deu o troco e derrotou os oponentes Jânio, José Bonifácio Coutinho Nogueira e Cid Franco.

O programa deste fim de semana abordará, ainda:
- Os pins de lapela: representando o trevo de quatro folhas, o galinho e a vassoura, símbolos de Adhemar, Carvalho Pinto e Jânio Quadros disputados com avidez nos comitês de campanha.
- Os hinos e marchinhas dos candidatos transformados em hits nas emissoras de rádio.
- A queda de João Goulart, a ascensão dos militares ao poder, as homenagens entusiásticas prestadas na Assembleia Legislativa aos líderes do movimento de março de 1964, entre eles Adhemar e Carlos Lacerda.
- A cassação e suspensão dos direitos políticos de ambos, seguida de deploráveis manifestações de júbilo na mesma Casa Legislativa – deploráveis no sentido de que partiram dos mesmos deputados que um ano antes teciam loas descabidas aos vitoriosos de então, agora caídos em desgraça.
Ilustramos o programa com farto material sonoro da época.

EM PAUTA
Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) – Adhemar de Barros – IV e último da série. Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 23h, amanhã, às 5h. Na internet: www.radiobandeirantes.com.br.


Etianos

Ricardo Arnoni Daloco
Eletrônica – Turma de 1984
Saindo da ETI fui direto trabalhar na IBM, onde comecei como técnico em eletrônica de computadores mainframe e cheguei a executivo na área de serviços no Brasil e América Latina. Apenas num breve período atuei na Itautec.
Uma curiosidade: nos anos 1980 tive clientes como Brastemp, ZF, Copas e GE, empresas que não existem mais no Grande ABC, mas também clientes como Pirelli, VW, GM e Mercedes, que permanecem até hoje.
Graduei-me no Mackenzie, fiz pós-graduação no Imes, em São Caetano, e MBA na Fundação Dom Cabral. Pela IBM tive oportunidade de conhecer o mundo, mas nunca esquecendo a origem de tudo e, sempre que possível, reencontrando os amigos que fizeram parte da ETI.




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