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Projeto de parque tecnológico sai em junho

Santo André ganha outro prazo do governo estadual para finalizar primeira etapa da proposta

Soraia Abreu Pedrozo
do Diário do Grande ABC
25/04/2012 | 07:00
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Após prorrogar a data de entrega do Plano Urbanístico Básico por duas vezes, de janeiro para março e de março para junho, a Prefeitura de Santo André avisou, ontem, em workshop sobre o assunto, que vai finalizar a primeira etapa da iniciativa até o fim de junho.

De acordo com a coordenadora de Ciência e Tecnologia da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Désireé Zouain, esse é o prazo final. "Embora não estejam previstas no decreto essas prorrogações, permitimos excepcionalmente o adiamento da data porque entendemos que o projeto estava caminhando bem e faltavam poucos ajustes para sua entrega."

Segundo Pedro Taddei, arquiteto responsável pelo plano urbanístico de Santo André e que já realizou os projetos de São José dos Campos, Campinas e Ilha Solteira, os levantamentos a respeito da área em que a iniciativa será constituída estão sendo concluídos, inclusive o que diz respeito aos estudos de impacto ambiental. "Em um mês terminaremos e, em dois meses, teremos a maquete eletrônica."

Essa primeira etapa consiste na análise das condições do terreno, para ver se a área possui solo firme, por exemplo. Na sequência, define-se o sistema de transportes coletivos, para saber como será o acesso, e as diretrizes ambientais e de infraestrutura. "Tanto a sede, no Centro da cidade, como a unidade do Parque Andreense têm fácil acesso à CPTM", disse Taddei.

O coordenador do programa Parque Tecnológico de Santo André, Charles Couto de Camargo Jr, complementou, vislumbrando a possibilidade de haver mais duas estações de trem, uma chamada Parque Tecnológico Central e outra Parque Tecnológico Parque Andreense.

Conforme o Diário antecipou em outubro, o tamanho terreno inicialmente previsto diminuiu drasticamente. Do 1,082 milhão de metros quadrados, sendo 267 mil m² na área que permeia a Av. dos Estados, e 815 mil m² próximo a Paranapiacaba, foi reduzido a 215,3 mil m², sendo 30,5 mil m² e 184,8 mil m², respectivamente. "Vamos utilizar apenas terrenos públicos, e não mais privados. Assim, poderemos receber investimentos municipais, estaduais e federais", explicou Camargo.

Ele ressaltou, ainda, que pretende, até julho, resolver mais duas pendências para que o projeto passe do status de pré-credenciado para credenciado - hoje, no Estado, apenas uma iniciativa (São José dos Campos), de 30, é credenciada. As pendências citadas por Camargo são: a constituição de uma empresa pública para gerir o parque (a intenção é que o projeto sobreviva às gestões), até porque ela deve gerar lucro, que será investido na iniciativa, e estabelecer lei de incentivo às entidades que se instalarem nas áreas.

 

Iniciativa de São Bernardo quer aprovar estatuto em um mês

 

Na região existem outras iniciativas de parques tecnológicos. Em Santo André, a intenção é atuar no setor de serviços que desenvolvam tecnologia de ponta. Em São Bernardo, dar mais vazão à indústria de defesa, petróleo e gás, ferramentaria e móveis. Em Mauá, a ênfase é em petróleo, gás e energia.

De acordo com o secretário do Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Jefferson José da Conceição, o estatuto do projeto da cidade, que define quem são os sócios-fundadores, como fazer para participar e de onde virão os recursos, entre outros, está definido, e deverá ser aprovado até o início de junho. "A partir do momento em que aprovarmos o estatuto, o parque tecnológico estará constituído como pessoa jurídica e, então, já vamos começar a captar projetos", contou. "Estamos dialogando com a Petrobras, o Ministério da Defesa e a Finep para verificar a possibilidade de realizar parcerias e levantar recursos."

O próximo passo será realizar licitação para que um escritório de arquitetura desenvolva o projeto físico, que já tem endereço certo - que ainda não é revelado por receio de especulação imobiliária. Essa iniciativa, diferentemente das demais, só terá contato com o governo estadual por meio do projeto do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC em parceria com a Agência de Desenvolvimento Econômico. Segundo Conceição, se o polo receber verbas, eles poderão usufruir de parte delas. O diretor da agência, Valter Moura, afirmou que as entidades vão atuar como moderadores, participando da gestão de cada um dos projetos. O polo ainda não foi pré-credenciado.

Em Mauá, a Prefeitura continua aguardando posicionamento do governo estadual, "que exige que os terrenos destinados à construção sejam públicos. Mauá, assim como outras cidades, apresentou terreno composto por terras públicas e privadas, o que se transformou em entrave para o desenrolar da questão".




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