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Cidades pedem ao Estado retomada de ajuda no bolsa-aluguel

Ação, que será encaminhada ao governador João Doria, integra série de medidas preventivas discutidas ontem para o período de chuvas

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
27/11/2019 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Dois anos após o término de convênio entre o governo do Estado de São Paulo e as prefeituras do Grande ABC para repasse de recursos estaduais para o pagamento de auxílio-aluguel, gestores da região tentam retomar a parceria. Durante reunião realizada na manhã de ontem no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, secretários de Assistência Social de Diadema, Mauá e Ribeirão Pires destacaram a importância no apoio para enfrentamento de emergências. Nas três cidades, são pagos 570 benefícios.

O encontro reuniu agentes da Defesa Civil e gestores e técnicos das secretarias de Assistência Social das sete cidades para debater a necessidade de integração entre as áreas e a importância dessa atuação conjunta para a prevenção, enfrentamento e respostas a emergências e desastres naturais. A reunião foi articulada pela Drads (Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Regional) ABC, sob gestão de Aghata Palácio, como medida preventiva para evitar estragos como os feitos pelas enchentes que atingiram a região em março e deixaram dez mortos e milhões em prejuízos.

Assessor da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado, o coronel Edernald Arrison Souza se comprometeu a atuar como interlocutor para o pleito dos municípios. 

Em maio de 2014, o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC assinou termo de cooperação com o governo estadual, documento em que o Palácio dos Bandeirantes se comprometia a arcar com o custo de 50% do auxílio-aluguel pago às 630 famílias (número da época) da região. O acordo tinha prazo de vigência de 36 meses e não foi renovado em 2017, embora os prefeitos tenham feito essa solicitação ao Estado. 

O colegiado solicitou a retomada da parceria e oficiou a Subsecretaria de Assuntos Metropolitanos do Governo do Estado de São Paulo em agosto de 2018. Segundo o Consórcio, a pasta não enviou resposta ao pedido até o momento. 

Outra demanda apresentada a Souza foi a necessidade de interlocução junto ao Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) para a manutenção de limpeza de córregos e piscinões do Grande ABC. “Agimos na consequência, que é a enchente. Sem a limpeza, ficamos enxugando gelo”, afirmou o secretário de Assistência Social de São Caetano, André Córdoba. 

Em nota, o Daee afirmou que, neste ano, já foram executados os serviços de limpeza, desassoreamento e manutenção em 18 dos 19 reservatórios do Grande ABC. Foram retirados 168,3 mil metros cúbicos de sedimentos, que equivalem a 67,3 piscinas olímpica, e capinada área de 572 mil metros quadrados, correspondente a 80,1 campos de futebol. O departamento diz que aguarda a conclusão de obra municipal na Praça dos Bombeiros, em São Bernardo, para execução dos serviços no local.

Conforme o órgão estadual, também foram executados desassoreamento, recuperação e contenção de margens no Córrego Oratório, em Santo André, em três trechos, que somam 260 metros com investimento de R$ 1,8 milhão.




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