"A Arábia Saudita já fez um pedido de cinco milhões de garrafas de 1,5 litros", afirmou o inventor da bebida, Tawfik Mathluthi, um franco-tunesiano que fundou, em 1987, a Rádio do Mundo Árabe.
"Vários países do Oriente Médio, entre eles Síria, Líbano, Sudão, Irã, Iraque, Iêmen, Jordânia e Líbia, já concordaram em distribuir o produto", afirma Mathluthi.
O nome Meca-Cola se inspira em Meca, o principal lugar santo do Islã, situado na Arábia Saudita, e pretende ser "uma fundação e um meio de combater a hegemonia norte-americana", diz Mathluthi, que se considera, no entanto, um "admirador" dos Estados Unidos.
A Meca-Cola é um produto com consciência social, pois cede 20% de seus lucros líquidos para obras de caridade, sendo que 10% são destinados a obras palestinas estritamente humanitárias para a infância, a educação e a conservação do patrimônio, explica o inventor.
"Os outros 10% são dados a associações na Europa que trabalham pela paz no mundo e apóiam o povo palestino em sua legítima luta por sua independência".
A garrafa menciona em seu rótulo o compromisso de destinar essas porcentagens e, ironizando a Coca-Cola, incentiva os consumidores a "não beber mais de maneira idiota". "Beba com compromisso" e "beba para defender nossa dignidade", dizem as os slogans sobre um fundo vermelho.
A imagem da mesquita de Al-Qods (Jerusalém), terceiro lugar do Islã, que aparece no fundo do rótulo, mostra com clareza o "compromisso" do produto.
O invetor diz que se inspirou na Zamzam-Cola, a versão iraniana da Coca-Cola, que também tem um grande êxito em vários países árabes, onde a população cada vez mais boicota os produtos norte-americanos. "Nesses tempos particulares de 'islamofobia', nos parece importante ter um signo unificador", explica.
Animado com o sucesso da bebida, Mathluthi sonha com um produção de 200 milhões de garrafas até o final do ano e pretende lançar no mercado o "Halal Fried Chicken", uma versão islâmica do "Kentucky Fried Chicken", e a nova bebida "Mecca-Cola-Café", com sabor café.
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