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Recurso depositado de Mauá mantém Nardini por 1 semana

FUABC confirma transferência de R$ 500 mil, usados para compra de insumos no hospital

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
23/06/2018 | 07:00
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A FUABC (Fundação do ABC) confirmou que a Prefeitura de Mauá depositou R$ 500 mil para que os atendimentos no PS (Pronto-Socorro) do Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini se mantenham, mas declarou também que esse recurso vai sustentar o funcionamento normal do equipamento por uma semana.

Segundo a entidade regional, que administra unidades de Saúde de Mauá, a verba “foi utilizada para quitar parcelas em atraso de serviços essenciais, como radiologia e análises clínicas, além de alimentação para pacientes internados e funcionários – todos serviços que estavam ameaçados de parar neste fim de semana”. “Com as medidas, a expectativa é a de que o estoque de materiais e insumos do Hospital Nardini permanece abastecido por aproximadamente uma semana.”

O Diário apurou que, durante a semana, a FUABC pretende novamente se reunir com o governo da prefeita em exercício de Mauá, Alaíde Damo (MDB), para discutir o tema. Isso porque, por mudanças internas, a Fundação está impedida de remanejar recursos para cobrir falta de pagamento de clientes. Ou seja, se Mauá não efetuar pagamentos, o risco de colapsar o Hospital Nardini volta.

Na segunda-feira, a direção da entidade solicitou R$ 2,9 milhões para a administração mauaense, alegando que havia possibilidade de serviços essenciais serem interrompidos por falta de insumos.

Uma medida emergencial já foi adotada: a suspensão das cirurgias eletivas (sem urgência). Outra esteve prestes a ser implementada: a restrição de atendimento no PS. O pronto-socorro deveria ser referenciado, ou seja, acolher apenas pacientes direcionados de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas ou UBSs (Unidades Básicas de Saúde), mas, desde sua inauguração, em dezembro, funciona como porta aberta – qualquer um pode procurar a unidade. Houve aumento de 40% da demanda, sem que houvesse crescimento do repasse.

Outro problema é com relação à dívida de R$ 120 milhões que a Fundação cobra da Prefeitura. A entidade argumenta que, desde a assinatura do contrato, em 2015, nenhuma parcela foi paga integralmente – cada mensalidade gira em torno de R$ 15 milhões. 




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