Política Titulo Mauá
Atila acentua participação do clã Damo no Paço

Em ano eleitoral, prefeito de Mauá coloca Vanessa como secretária de Relações Institucionais

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
17/04/2018 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A cinco meses e meio das eleições de outubro, o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), decidiu colocar a ex-deputada estadual Vanessa Damo (ex-MDB, hoje sem partido) no primeiro escalão do governo. O socialista anunciará hoje Vanessa como secretária de Relações Institucionais.

A ida da ex-parlamentar para a gestão Atila reforça a participação do clã Damo no Paço mauaense. Alaíde Damo (MDB), mãe de Vanessa e mulher do ex-prefeito Leonel Damo (sem partido), atualmente é vice-prefeita.

O acordo foi guardado a sete chaves pelo núcleo duro do governo, que evitou, inclusive, antecipar a nomeação de Vanessa. Em comunicado enviado ontem à imprensa, a gestão Atila informou que o prefeito anunciará hoje “novidades em seu governo”. O Diário confirmou, porém, a ida da ex-parlamentar para a Prefeitura.

Oficialmente, o discurso do Paço mauaense é de descolar o acerto com Vanessa do pleito deste ano. Entretanto, a avaliação interna é a de que a ex-parlamentar ainda nutre recall eleitoral apesar de estar sem mandato desde 2016, quando perdeu seu último recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em que tentava reverter condenação por crime eleitoral – cometido no pleito de 2012 –, que cassou seu mandato e a deixou inelegível.

Atila ainda tenta amarrar apoio unânime do governo à candidatura do próprio pai, o presidente da Câmara, Admir Jacomussi (PRP), a deputado estadual ou federal.

Em entrevista ao Diário em janeiro, Vanessa despistou sobre seu futuro político, mas adiantou que participaria das eleições deste ano como “cabo eleitoral”. Evitou, porém, cravar adesão ao projeto de Jacó. Além disso, em 2020, quando Atila tentará a reeleição, expira a inelegibilidade de Vanessa, que estará livre para disputar o Paço novamente.

HISTÓRICO
Nas eleições de 2012, Vanessa foi ao segundo turno com o também, na ocasião, deputado estadual Donisete Braga (ex-PT, hoje Pros) – foi derrotada. Quatro anos mais tarde, sem condições jurídicas de viabilizar nova candidatura, subiu no palanque de Atila. O acordo eleitoral, a princípio, envolvia a escolha por José Carlos Orosco Júnior (ex-MDB, hoje PDT), então marido de Vanessa, como vice do socialista. O nome do então emedebista, porém, foi vetado pela Justiça Eleitoral. A vaga de número dois na chapa de Atila caiu no colo de Alaíde Damo, que dificilmente comparece a eventos oficiais do governo e no atual mandato é uma dos poucas vice do Grande ABC que ainda não substituíram o titular do cargo no Executivo.

A mesma condenação na Justiça Eleitoral causou o afastamento, em 2016, de Vanessa da superintendência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) em São Paulo, onde ficou por três meses.

Atual chefe de Relações Institucionais, Sérgio Affonso será descolado para Habitação, que estava sob gerência da secretária adjunta Márcia Evangelista Costa.

Vanessa não atendeu aos contatos do Diário. 




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