“Messi não joga nada pela Argentina”. A frase que virou bordão a cada jogo apagado do astro certamente nunca mais será dita pelo argentino após a atuação de gala, ontem, na última rodada das Eliminatórias. Com três gols, o craque levou os hermanos à Copa após a vitória por 3 a 1 sobre o Equador, fora de casa, somada ao triunfo do Brasil contra o Chile, por 3 a 0, no Allianz Parque, em São Paulo.

A noite que podia ser trágica acabou épica para a Argentina. Apesar do susto quando Ibarra, aos 39 segundos, colocou o Equador à frente, em momento algum os argentinos se desesperaram. Eles tinham Messi. O craque chamou a responsabilidade e virou o jogo com gols aos 11 e aos 19 minutos.

Enquanto isso, em São Paulo, a Seleção Brasileira fazia jogo morno. Controlava o Chile, mas não era brilhante. Neymar se mostrava criativo, mas foram poucas as chances na etapa.

Por mais que estivesse vencendo, a Argentina não podia esmorecer. A aflição deu lugar a confiança quando Messi carimbou o passaporte à Rússia com obra de arte. Ao seu estilo, arrancou pelo meio e deu lindo toque por cobertura.

Pouco antes, o Brasil fazia o torcedor soltar o grito e facilitava as coisas para a Argentina. Aos nove, Paulinho aproveitou rebote de Bravo e estufou a rede. Dois minutos depois, Gabriel Jesus, que jogava em casa, fez o segundo. A bola diferente, rosa, em homenagem ao Outubro Rosa, parecia dar sorte. O melhor estava por vir. O Brasil aproveitou o desespero do Chile, que mandou o goleiro Bravo à área e matou o jogo. Willian deu lindo lançamento para Gabriel Jesus que partiu sozinho e entrou com bola e tudo.

A Argentina, de Messi, vai à Copa. Portugal, de Cristiano Ronaldo, também, após bater a Suécia por 2 a 0, ontem, em Lisboa. O Brasil, de Neymar, já estava lá desde março. No fim, foi melhor para o futebol.