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Vaga impede passageiro deficiente sair do carro

Estacionamento fica ao lado de calçada
que não é rebaixada e coberta por jardim

Por Marcelo Argachoy
Especial para o Diário
06/03/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Moradores e frequentadores do Espaço Cerâmica, em São Caetano, têm relatado problemas em relação a algumas vagas de estacionamento disponíveis no local, onde há shopping e complexos comercial e residencial. A equipe de reportagem do Diário visitou a região e constatou que a situação – ocasionada pela falta de guia rebaixada no lado do passageiro – prejudica quem está no banco do carona e precisa descer.

“Além da guia ser elevada em toda a redondeza, ela é coberta de grama, o que pode prejudicar quem está de salto alto”, declarou uma moradora, que preferiu não se identificar.

Não é apenas quem usa carro que sofre com as condições do local. O analista de produção Sandro Ricardo Costa, 47 anos, também reclama. “É muito ruim. Fica bem mais difícil de mexer no porta-malas da moto. E sempre foi assim, desde a inauguração do espaço.”

A situação se complica nas vagas preferenciais para idosos acima de 60 anos e portadores de necessidades especiais. A estudante Victoria Rossetto, 20, é cadeirante e enfrentou problemas para sair do veículo estacionado. A calçada próxima a espaço reservado para estas vagas, além de não ser rebaixada para facilitar a travessia de cadeira de rodas, está coberta por plantas. Pedestres relatam que em diversas oportunidades já tiveram de auxiliar portadores de deficiência física.

Em nota, a Secretaria de Mobilidade Urbana da Prefeitura de São Caetano afirmou que a sinalização está de acordo com as normas vigentes implantadas na cidade. Além disso, a administração informou que contatará a concessionária que explora os serviços de estacionamento rotativo para discutir a possibilidade de adequar a sinalização de deficiente.

Para o integrante da comissão de trânsito da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo) Maurício Januzzi, trata-se de erro do departamento de engenharia de tráfego, que não levou em conta a necessidade de desembarque do passageiro. “A vaga é destinada ao carro do motorista deficiente ou de quem transporta o deficiente”, frisou. 




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