O Pedra Branca leva nesta quarta-feira, ao Teatro Municipal de Santo André, sua música “desterritorializada”. É a primeira apresentação do grupo, cujo trabalho combina performances artísticas e multimídia com bases eletrônicas e música executada ao vivo.

Aquiles Ghirelli, de Santo André, e Luciano Sallun, de São Caetano, são os fundadores do grupo, que recentemente lançou seu segundo disco, Feijoada Polifônica no Boom Festival, em Lisboa, Portugal. O mesmo disco é a base do show de quarta-feira.

O versátil Pedra Branca, que se apresenta no mínimo em trio (incluindo sempre o DJ João Ciriaco), hoje estará com “potência máxima”: Luciano Sallun (sitar, theremin, flauta de pvc, armesk e guimbarde), Aquiles Ghirelli (tabla, didgeridoo aborígene, pandeiro e voz), Daniel Puerto Rico (percussão), VJ Takashi, Zuzu Abú (performance), Ana Elisa (sax soprano e flauta) e Sandoval “San” Junior Paixão (contrabaixo elétrico).

“A Zuzu usa elementos de vários tipos de dança: a hindu, a árabe, a brasileira”, diz Ghirelli, a respeito da performance que a artista fará no show. Zuzu, assim como Ana Elisa, é integrante do grupo de música étnica Mawaca.

<EM>Segundo Ghirelli, embora a música étnica esteja presente no trabalho do Pedra Branca, esta não é o traço mais marcante do grupo. Ele explica que a banda surgiu da pesquisa sonora de instrumentos étnicos feita por ele e Sallun. “Procurávamos por timbres diferentes”, diz.

Ambos participaram das oficinas ministradas pelo luthier Fernando Sardo. Dessa experiência é que surgiram instrumentos próprios, criados por Sallun, e que consistem em um dos três pilares do Pedra Branca. Os outros dois são a música eletrônica (que inclui samplers do cinema brasileiro) e a pesquisa étnica,

O Pedra Branca não tem canções, mas apenas letras calçadas em poesias e obras haicai e vocalises.

Pedra Branca – Show. Nesta quarta-feira, às 20h. No Teatro Municipal de Santo André – Paço Municipal, s/nº. Tel.: 4433- 0789. Grátis.