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Obra causa infestação de insetos

Em São Bernardo, água parada traz preocupação aos moradores da vila Caminho do Mar

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
07/12/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


As paredes das residências localizadas na Praça Portugal, na vila Caminho do Mar, em São Bernardo, estão pretas, mas não em razão da sujeira e sim da concentração de mosquitos que infestaram os imóveis. A situação, que já é observada há pelo menos quatro meses, é decorrente de obra do projeto Drenar, realizada pela Prefeitura e que tem como objetivo o combate às enchentes.

O reservatório Tanque das Mulatas, serviço ainda inacabado por parte da Prefeitura, está com grande quantidade de água parada, o que traz temor à população da área, por ser um prato cheio à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e do zika vírus.

Os moradores chegaram a pedir para a Prefeitura, por meio de abaixo-assinado, a cobertura do piscinão, o que não foi atendido. Em uma concessionária de veículos próxima ao local, alguns funcionários contraíram dengue, mas os agentes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) dizem, segundo os munícipes, que não é possível saber se contraíram no local ou no bairro onde moram.

A síndica de um prédio na área, Marli Sakurai, 45 anos, conta que as gestantes que lá residem estão preocupadas com a situação. Além disso, há crianças com alergia, como a filha de 9 anos da fisioterapeuta Debora Gomes, 41. “Ela está com os braços e pernas cheios de brotoejas”, contou. “Ainda nem chegou o verão e já está infestado de mosquitos, imagina quando a temperatura subir”, reclamou o industriário Antonio João Venancio Neto, 57.

Procurada para comentar o caso, a Prefeitura de São Bernardo informou que o Tanque das Mulatas já funcionava como reservatório de amortecimento de cheias no seu estado natural e que a obra, iniciada em março de 2013, apenas ampliou a capacidade de reservação, mantendo as características, sem cobertura.

Sobre a água parada, a administração disse que o Tanque das Mulatas foi projetado para trabalhar sem bombeamento. “O Córrego Ipiranga continuará a passar por dentro do reservatório, no entanto, o terreno onde o tanque está sendo executado é alagado naturalmente, em razão do nível da água do lençol freático ser elevado (em um nível acima da cota de fundo do reservatório). Por isso, executou-se a laje de fundo com drenos de alívio, mas devido à pressão negativa, a água sobe do solo para o reservatório”, explicou. O Executivo salientou que, como solução provisória, está sendo feita a drenagem da água com o auxílio de bombas de recalque e outros equipamentos. A solução definitiva será o aumento no caimento da laje de fundo, o qual será executado até o final da obra, previsto para este mês.

A Prefeitura ressaltou que o CCZ está acompanhando e realizando tratamento semanal na área, bem como vistorias nas residências vizinhas à obra.

 

População pede corte de árvore em risco desde 2014

Com a proximidade das tempestades de verão, aumentou a preocupação dos moradores de um edifício instalado na Praça Portugal, na vila Caminho do Mar, em São Bernardo. Isso porque desde abril de 2014, eles pedem o corte de uma árvore oca, tendo em vista o medo de queda.

“Os galhos dela já estão pegando no quarto andar do prédio e, quando venta, colidem com os vidros da sacada. Os galhos também já bateram no transformador e pegou fogo. Além de tudo isso, com a situação em que ele está, corre o risco de atingir algum pedestre”, ressaltou a aposentada Meire Sanchez Ollitta, 57 anos.

Os pedidos para a retirada da árvore prosseguiram em janeiro, março e novembro de 2015, como mostram as datas dos protocolos fornecidos pela administração municipal à Meire. “O fiscal avaliou e viu que o grau de risco de queda é alto”, contou. “Porém, disse que provavelmente só em março fariam o serviço. Até lá, já caiu e o pior: pode machucar ou matar alguém”, exclamou.

De acordo com a Prefeitura, o trabalho de remoção está programado para ser realizado até o dia 15.




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