O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), não vai fazer mais nenhuma mudanças no primeiro escalão até o fim do mandato. A afirmação foi feita após fracasso dos convites a Evilasio Santana, o Bahia (DEM), e a Ailton Lima (SD) pelo comando das Pastas de Esportes e Desenvolvimento Econômico, respectivamente. Ambos são integrantes do G-12, grupo de vereadores independentes, que mantém relação “harmoniosa” com o Executivo após período turbulento, segundo Grana.

Desde o início da gestão, em 2012, Carlos Grana manteve o discurso de ter o mesmo secretariado até o fim do mandato. Porém, aconteceram duas mudanças no primeiro escalão no período. Na Pasta de Comunicação, Leandro Laranjeira deu lugar para Ronaldo Feitosa. Já na Secretária de Cultura, Tiago Nogueira (PT) assumiu no lugar de Raimundo Salles (PPS).

“Quando iniciei minha gestão, disse que gostaria que todos secretários que começaram o mandato terminassem comigo. Meu desejo é o mesmo agora, que eles continuem até o fim, mas é claro que eventuais mudanças não estão descartadas”, explicou Grana.

Alguns nomes do G-12 foram especulados no secretariado, porém as negociações não avançaram.

Por outro lado, os convites foram benéficos para Grana, que viu o grupo amenizar as críticas durante as sessões na Casa. “Nos dois primeiros anos, a nossa relação foi muito positiva. Eu me relacionei com os 21 vereadores, independentemente se eles se diziam oposição, situação ou independente. Conseguimos um balanço de mais de 150 projetos de iniciativa do Executivo serem aprovados, muitos deles de forma unânime”, disse Grana.

Ainda de acordo com o chefe do Executivo, a relação começou bem e passou por um período de turbulência – principalmente na vitória do bispo Ronaldo de Castro (PRB) à chefia da Câmara. Agora, ele acredita que o clima bom seja retomado. “No início do ano, na eleição da mesa diretora, tivemos um desentendimento dos vereadores da base aliada com o G-12. Mas agora, início de abril, a percepção e o relato que recebo do Arlindo (José de Lima, secretário de Governo) é que há um clima de harmonia por parte da grande maioria dos vereadores com o Executivo”, explicou.