Economia Titulo Negociação
Químicos do Grande ABC aprovam reajuste salarial de 6%

Campanha da classe por jornada menor de
trabalho sem redução do salário em Brasília

Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
07/11/2009 | 07:00
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A mobilização pela campanha salarial dos trabalhadores do setor químico no Grande ABC avançou mais um passo na noite de ontem com a aprovação da contraproposta encaminhada pelo sindicato patronal, que contempla reajuste salarial de 6%, aumento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e do piso salarial. Contudo, a queda de braço pela redução da jornada de trabalho semanal continuará.

Desta forma, os funcionários com salários de até R$ 5.801,77 terão aumento de 6%. Aqueles que ganham acima desse valor receberão um valor fixo de R$ 348,71, o que equivale a aumento real de 1,7% diante das estimativas de inflação do período, calculadas com base na média do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 1º de novembro de 2008 a 30 de outubro deste ano.

Paulo Lage, presidente do sindicato, lembra que a proposta encaminhada pela entidade às empresas pedia reajuste de 10%. "Considero que o valor alcançado foi satisfatório, pois nas negociações deste ano, nenhuma categoria conseguiu um aumento desse porte", afirma.

NEGOCIAÇÃO - As tratativas, em andamento desde setembro, reividicavam piso salarial de R$ 900 e conseguiu R$ 815, um reajuste de 7,38%. Os trabalhadores pediam PLR mínima de R$ 1.800, porém, o valor acordado chegou a R$ 600, um aumento de 9,10% sobre o pagamento anterior.

Em relação à redução na jornada, o sindicalista diz que a entidade, juntamente com a CUT (Central Única dos Trabalhadores), pedirão ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que coloque o assunto na pauta de discussão dos deputados. Na semana que vem, os químicos prometem fazer uma marcha rumo a Brasília.

Segundo Lage, metade dos 40 mil funcionários da categoria na região trabalham menos de 40 horas semanais e a meta é que a outra metade tenha a mesma carga horária sem a redução do salário.

Nesta semana, os trabalhadores da Akzo Nobel e Silvatrim, em São Bernardo, pararam por quase dez horas,exigindo reajuste maior do que o decidido em assembleia geral e aumento da PLR para o valor de R$ 750.




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