Economia Titulo Petróleo
Revap processa 1ª carga do pré-sal

Petrobras diz que recebeu 264 mil barris de petróleo da camada que fica na área de Tupi, na Bacia de Santos

09/10/2009 | 07:00
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A Repav (Refinaria Henrique Lage), Unidade de Negócios da Petrobras localizada em São José dos Campos (SP), começou a processar a sua primeira carga de petróleo extraída da camada pré-sal da área de Tupi, na Bacia de Santos. Em comunicado, a estatal diz que foram recebidos 42 mil metros cúbicos (264 mil barris) de petróleo que serão processados em duas campanhas.

O petróleo de Tupi é classificado como parafínico e de acordo com o fator de caracterização do Bureau of Mine, com grau API de 29,2, equivalente a densidade de 0,877. Quanto ao teor de enxofre, este petróleo é classificado como de baixo teor - quanto menor, mais fácil o atendimento às especificações futuras, cada vez mais rígidas para todos os derivados e principalmente nafta e diesel, diz a Petrobras. Além disso, o petróleo do Campo de Tupi não gera óleo combustível, que é o produto de menor valor agregado.

O reservatório de Tupi está a mais de 3.000 metros sob o fundo do mar, abaixo de 2.000 metros de sal, em águas onde a profundidade é de 2.140 metros e a uma distância de 300 km do litoral paulista. Os volumes recuperáveis da área de Tupi estão estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo do tipo alta qualidade, ou seja petróleo leve, além de gás natural.

Gabrielli descarta autossuficiência produção de GLP

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, descartou ontem que o Brasil possa atingir autossuficiência na produção de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) no curto e no longo prazo. "Nem mesmo a produção do pré-sal poderá atender ao crescimento da demanda. Vamos continuar importando", disse Gabrielli.

Atualmente o Brasil consome seis milhões de toneladas de GLP por ano e importa entre 18% e 20% deste volume. "É uma questão físico-química. Não é possível extrair o GLP na proporção desejada."

Gabrielli ressaltou, em sua apresentação em evento do setor que aconteceu ontem no Rio de Janeiro, que a demanda mundial de GLP está muito concentrada na América do Norte e na Ásia, que consomem 62 milhões e 72 milhões de toneladas respectivamente. Na América Latina, responsável por 28,1 milhões de toneladas anuais, o Brasil representa 24,3%.

"O principal consumo do GLP no Brasil está concentrado no segmento residencial", lembrou Gabrielli, destacando que os botijões tem seus preços mantidos desde 2003, independentemente das oscilações do mercado internacional. "Ora ganhamos, Ora perdemos", disse. Segundo ele, atualmente os preços domésticos do GLP estão equiparados aos do internacional.




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