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Após um mês, 12 secretarias não saíram do papel
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
01/02/2009 | 07:00
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Um mês após o início das novas gestões municipais, as doze novas secretarias criadas pelos prefeitos do Grande ABC sequer saíram do papel. Dez delas, pertencentes a São Caetano, Mauá e Diadema já foram aprovadas pelos Legislativos. A exceção fica por conta de Santo André, que deixou para a primeira sessão da Câmara do ano a aprovação, que deve ocorrer amanhã. Ribeirão Pires não terá aumento de Pasta. Rio Grande da Serra pode ganhar Esportes e Meio Ambiente.

 As pequenas reformas administrativas prometem dar agilidade a assuntos considerados estratégicos pelas administrações, mas ainda não apresentaram propostas práticas, nem espaço físico para trabalhar. Em Mauá, por exemplo, o prefeito Oswaldo Dias (PT) ainda não definiu quem comandará a pasta de Desenvolvimento Econômico. O petista criou as Pastas de Segurança Alimentar e Meio Ambiente, que eram departamentos dentro de outras secretarias, com representantes já nomeados. O ex-presidente da CUT estadual, Edilson de Paula, também já foi anunciado como secretário mas ainda não foi nomeado oficialmente para o cargo.

 Para o cientista político Sávio Ximenes Hackradt, criar estruturas políticas sem saber quem será nomeado para comandar e tampouco definir as atribuições é uma demonstração de despreparo político. "É desleixo e desorganização administrativa, a não ser que seja um cabide de emprego". 

 Em Diadema, todas as Pastas já têm ‘dono'. Gestão de pessoas será chefiada por João Aparecido Garavelo. A chefia de Gabinete por Antônio Lusairto Fidélis. Maria de Fátima Queiroz será a responsável pela Pasta de Planejamento e Gestão Pública.

 O prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), pretende criar o Fundo Social de Solidariedade, que será responsabilidade da esposa dele, Denise Ravin. Já Segurança terá o comando de Adilson de Lima.

 São Caetano saiu na frente. O chefe do Executivo, José Auricchio Júnior, criou as pastas de Segurança Pública e Governo antes do término do primeiro mandato. A primeira delas, que faz a interlocução ente o Executivo e a Câmara, já está operante.

 O especialista ressalta que no Brasil é comum que nas trocas de governo, os novos comandantes optem por estas mudanças. "É politicagem barata, para mostrar ou dizer que do jeito anterior não funcionava, Mas o fato é que isso gasta dinheiro da população porque são mais cargos. Mais salários para funções que nem foram definidas".




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