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Padres da região acham pouco
provável escolha de papa brasileiro

Dom Odilo Scherer e dom Cláudio Hummes são cotados
para cargo máximo da Igreja após renúncia de Bento XVI

Thaís Moraes
do Diário do Grande ABC
07/03/2013 | 07:00
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Padres do Grande ABC acham pouco provável que o próximo papa a comandar a Igreja Católica seja brasileiro, embora defendam que a ideia de possuir pontífice de terras tupiniquins seja boa para o País.

No total, 115 cardeais participam do conclave e disputam o posto de papa, sendo cinco deles brasileiros. Na bolsa de apostas de Londres, dois estão cotados: o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, e o arcebispo emérito de São Paulo, integrante da Pontifícia Comissão para a América Latina, dom Cláudio Hummes.

Ainda são candidatos o arcebispo dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o arcebispo emérito de Brasília, dom João Braz de Aviz, e o arcebispo emérito de Salvador, dom Geraldo Majella Agnelo.

A Sé Vacante, período no qual o cargo de papa se encontra vago, teve início em 11 de fevereiro, quando Bento XVI renunciou ao cargo alegando problemas de saúde e idade avançada. O tempo de vacância deve durar exatos 15 dias, podendo ser estendido para mais 20. Esse é o prazo para que os cardeais de várias partes do mundo possam chegar a Roma e eleger o próximo chefe do papado.

O padre da Diocese de Santo André, José Pedro Teixeira de Jesus, acredita que a nacionalidade não importa. "A Igreja precisa de alguém que tenha clareza e mostre que o Evangelho contribui para a paz e a prosperidade da sociedade."

Para o padre da Arquidiocese de São Paulo e professor de Teologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Antônio Manzatto, o momento é propício à reflexão. "É hora da Igreja repensar seu posicionamento em relação ao mundo", opinou.

Manzatto não acredita que o próximo pontífice seja da América Latina. "Acho que o escolhido será um europeu, talvez italiano. É claro que gostaria que fosse do Brasil, mas os países e as igrejas europeias são mais influentes e isso repercute na escolha. Independentemente da nacionalidade, o escolhido será aceito e amado."

O padre vigário geral da Diocese de Santo André Roberto Alves Marangon vê com alegria a participação dos cardeais brasileiros. "Todos estão muito bem preparados. Mais uma vez temos a participação do dom Cláudio, que foi bispo na Diocese de Santo André por 21 anos."

O historiador e professor doutor da Fundação Santo André José Amilton de Souza não enxerga mudança com o novo papado. "A Igreja Católica é muito conservadora. É provável que o próximo papa siga a tendência. Foi assim com João Paulo II e Bento XVI."




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