Política Titulo Santo André
Campos Machado garante
Alckmin com Aidan Ravin

O presidente estadual do PTB prega apoio incondicional à
candidatura de reeleição de Aidan à Prefeitura de Sto.André

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
12/10/2012 | 07:06
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Presidente estadual do PTB, o deputado Campos Machado prega apoio incondicional à candidatura de reeleição de Aidan Ravin à Prefeitura de Santo André. O mandatário promete colocar a tropa petebista à disposição do chefe do Executivo, que no dia 28 enfrentará o crivo das urnas contra Carlos Grana (PT). A adesão enfática ocorre após Celso Russomanno (PRB) perder a eleição em São Paulo. Ele tinha como vice Luiz Flávio D'Urso (PTB), o que fez as atenções de Campos se voltarem quase que exclusivamente à Capital até domingo. Agora, o cacique garante até mesmo a participação ativa do governador Geraldo Alckmin (PSDB, com quem mantém laços estreitos) no palanque do prefeito. "Aidan é irmão, homem de caráter, leal. É questão de honra elegê-lo", afirma. "Se precisar, o Geraldo vem duas, três, quatro, cinco vezes para Santo André."

DIÁRIO - Como o PTB contribuirá nesse segundo turno em Santo André para buscar a reeleição do prefeito Aidan Ravin?

CAMPOS MACHADO - Aidan é irmão, homem de caráter, leal. É questão de honra elegê-lo. Estou como presidente estadual do PTB e também secretário nacional. O PTB estadual e nacional está envolvido de corpo e alma nessa reeleição. Durante toda a campanha sempre liguei, embora eu estivesse patrocinando a campanha em São Paulo do Celso Russomanno (PRB, terceiro colocado nas urnas) como terceira via. A campanha me fez ficar muito preso na Capital, mas ainda que tenhamos deixado de eleger 25 candidatos a prefeito, estamos empatados com o PT e perto do PMDB. Todo mundo dizia que era cavalo paraguaio. Éramos ingleses, só que perdemos a eleição tão somente pela confusão que deu na explicação da questão da passagem (de ônibus). Perdemos 13 pontos em dez dias.

 

DIÁRIO - Não era possível fazer algum tipo de participação mais efetiva de lideranças do PTB no município para não ficar atrás no primeiro turno?

CAMPOS - Sempre entrei em contato, perguntando se ele precisava da presença de pessoas. Ele (Aidan) me dizia que tudo estava correndo bem. Se ele falasse o contrário, a gente mandava um exército do PTB para cá. Terminada a eleição analisamos que a votação (135 mil do projeto governista contra 155 mil de Carlos Grana, PT) não refletiu a vontade do povo de Santo André. Acredito que foi nuvem que veio apenas na eleição. Estou convencido de que todo esforço tem de ser feito agora para que a cidade tenha a felicidade de ter por mais quatro anos um prefeito da estatura moral, caráter e competência do Aidan. Para nós, é fundamental a reeleição. Vamos colocar totalmente o PTB à disposição. Conversei ontem (anteontem) também com o (deputado federal) Arnaldo Faria de Sá (PTB), parlamentar ligado aos aposentados e pensionistas, que entrará de corpo e alma na campanha. Hoje, o eleitorado tem grande concentração de idosos. E ele tem fatia grande nesse segmento.

 

DIÁRIO - Com relação ao PSDB, é possível contar com a adesão efetiva do governador do Estado, Geraldo Alckmin? O diretório municipal do PSDB deve anunciar oficialmente nos próximos dias adesão à candidatura de Aidan...

CAMPOS - Venho trazer novos apoios ao Aidan. Estive conversando com o Geraldo todos os dias desta semana. Todo mundo sabe da minha relação com ele (foi vice na chapa com Alckmin derrotada na disputa pela prefeitura de São Paulo, em 2008). Foi um dos fatores fundamentais para que o PTB desse apoio efetivo ao José Serra (PSDB) hoje (ontem), o que pode significar a reversão do quadro. Em Santo André, o Geraldo se prontificou a vir para cá quantas vezes o Aidan precisar neste segundo turno, fazer gravações. Inclusive, tem marcado para segunda-feira café entre os dois no Palácio dos Bandeirantes (para tratar sobre a questão). Ele quer fazer a campanha do Aidan como se fosse a dele ou do Serra. Se precisar, ele afirmou que vem duas, três, quatro, cinco vezes para Santo André. Ele gosta muito do Aidan e quer participar da campanha inteiramente, dizendo que é de fundamental importância a vitória de um aliado aqui. Trago a palavra dele, expressa na segunda, terça e quarta-feira. Isso está definido. O governo de São Paulo tem tudo para ajudar a cidade com projetos.

 

DIÁRIO - Esse apoio também é esperado porque a processo de reeleição do Alckmin passa em grande escala por Santo André...

CAMPOS - Isso é evidente, é a quinta cidade do Estado (em economia). Não é apenas o PTB.

 

DIÁRIO - Quais são as demais articulações firmadas para engrossar a campanha governista?

CAMPOS - Trago também apoio de partido novo: O PEN (Partido Ecológico Nacional), recém-criado, que já tem 30 deputados estaduais e cinco federais. E vou à casa do candidato (Nilson) Bonome (PMDB) agora (ontem à noite). Quero conversar e pedir apoio explícito dele na campanha. É muito importante, trabalhou muito tempo na administração do Aidan. Ele sempre respeitou as posições do prefeito. Campanha é feita de soma e neste momento há possibilidade efetiva de o Bonome participar dela.

 

DIÁRIO - A derrota em São Caetano faz o PTB jogar todas as fichas em Santo André, tendo em vista o risco de perder as duas prefeituras, até agora comandadas pelo partido?

CAMPOS - Não vai haver derrota em Santo André. Estou tranquilo com a candidatura do Aidan. O povo de Santo André é terno, carinhoso e, principalmente, inteligente. Não se deve trocar o certo pelo duvidoso. Ninguém troca homem que conhece a alma das pessoas por uma aventura que seria o candidato da oposição (Carlos Grana). Um é certeza, o outro é aventura, pois é um minuto para votar e quatro longos anos para chorar. Santo André viveu progresso contínuo. Para quê trocar o que está indo bem e buscar esperança num desconhecido?

 

DIÁRIO - Surpreendeu o candidato Carlos Grana ter passado à frente do Aidan?

CAMPOS - Isso são questões conjunturais. Temos certeza de que vamos tirar essa diferença (20 mil votos no primeiro turno). Mandei fazer pesquisa nesta semana pela estadual que dá esse panorama. Vim dizer para o Aidan que a ‘deusa da vitória' está de braços abertos em 28 de outubro (data do segundo turno). Trago apoios efetivos.

 

DIÁRIO - Apoio em São Paulo irá atrelar adesões no Grande ABC?

CAMPOS - Há cansaço em Diadema com o PT. Quer horizonte novo. O Geraldo estará na campanha do Lauro (Michels, PV), que tem a Silvana Guarnieri (PTB) como vice (contra o prefeito Mário Reali, PT). Não sou favorável à polarização PT e PSDB. Difícil o Reali ganhar a eleição. O povo quer renovação. O ex-presidente Lula pode ir lá 500 vezes que a coisa não vai mudar. Em São Caetano, não conseguimos atinar. O prefeito José Auricchio Júnior (PTB) tinha 80% de aprovação do governo. Vamos analisar.

 

DIÁRIO - Como o PTB estuda reverter esse quadro desfavorável do primeiro turno de Santo André?

CAMPOS - Agora é voto de qualidade. É analisar o que a cidade precisa. A tese é: quem é o mais preparado para ser o prefeito, assim como em São Paulo? O candidato do PT, Fernando Haddad, confundiu a Cidade Tiradentes com a Rua Tiradentes. Confunde Itaim Bibi com Itaim.




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