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Vereadores analisam aumento salarial a quatro dias da eleição
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/10/2012 | 07:00
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A Câmara de Diadema decide hoje, poucas horas antes da sessão, se votará o aumento de salário dos vereadores a partir da próxima legislatura. Os subsídios, hoje em R$ 7.882,20 brutos, passariam para R$ 12.025,20. O projeto está em pauta a quatro dias da eleição.

A discussão se arrasta na Casa desde abril, quando os parlamentares optaram por debater o assunto próximo do pleito. A direção do Legislativo, sob comando do vereador Laércio Soares (PCdoB), quer seguir orientação feita pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), que pediu às Câmaras que votasse o aumento do subsídio antes da eleição para evitar que parlamentares eleitos insuflassem próprios salários. Pela Constituição, o reajuste pode ser aprovado até 31 de dezembro.

O ponto central é a falta de recursos da Prefeitura para bancar a majoração salarial. Como a partir de 1º de janeiro Diadema passará a ter 21 vereadores, o Paço estima haver riscos de falta de verba para ser repassada ao Legislativo. Com o salário atual, o gasto com os vereadores seria de R$ 165.526,20 mensais (contando os 21 parlamentares). Se houver aumento, o valor saltaria para R$ 252.529,20.

A administração Mário Reali (PT) estuda incluir no projeto de lei artigo que condiciona o reajuste à capacidade financeira do Executivo. Justamente esse dispositivo precisa ser apreciado pelos vereadores.

A Câmara chegou a cogitar estender o aumento salarial ao prefeito e vice-prefeito, mas Reali refutou a medida com medo de respingar negativamente em sua campanha de reeleição. O chefe do Executivo recebe R$ 18 mil e Gilson, como vice, ganha R$ 9.000. Contudo, há discussões avançadas para incremento nos ganhos dos secretários.

O governo petista entende que os atuais vencimentos - R$ 8.884,00 - não são atrativos para vinda de profissionais de qualidade para o primeiro escalão do Executivo.




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