Política Titulo Funcionamento
Teatro Clara Nunes, em Diadema, não tem alvará

Prefeitura manterá a programação, mas diz ter
projeto para reestruturação com recurso estadual

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/09/2013 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Assim como o Teatro Municipal de Santo André, o Teatro Clara Nunes, gerido pela Prefeitura de Diadema, funciona sem alvará e AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).

Mas, diferentemente do prefeito andreense, Carlos Grana (PT), o chefe do Executivo diademense, Lauro Michels (PV), não vai interditar o espaço para reformas emergenciais com intuito de obter toda documentação necessária para oferecer segurança aos espectadores.

Segundo a Prefeitura, a Secretaria de Cultura elabora projeto para reestruturar o local, com instalação de sistema de som e luz, climatizadores, cadeiras para a plateia e cortina de palco. As intervenções estão avaliadas em R$ 1,3 milhão e serão custeadas pelo governo do Estado. Ainda não há prazo para início dos trabalhos.

Com capacidade para 377 lugares, o Teatro Clara Nunes foi inaugurado em 1981 e está localizado numa região nobre de Diadema. Além de receber atividades culturais, recepciona atividades e reuniões do governo.

Em Santo André, Grana optou pela interdição do Teatro Municipal para realização de reforma emergencial, principalmente depois de o secretário de Cultura, Raimundo Salles (PDT), encaminhar ofício alertando sobre problemas estruturais existentes no espaço. Para ilustrar o perigo iminente, Salles lembrou da tragédia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde mais de 200 pessoas morreram em janeiro após incêndio na boate Kiss, que não oferecia saídas de emergência suficientes.

Oito anos atrás, no governo de José de Filippi Júnior (PT), o Teatro Clara Nunes passou por ampla reforma com recursos da Petrobras. A estatal investiu R$ 1,3 milhão para reestruturar o local. Mas técnicos da atual administração avaliaram que melhorias anunciadas em 2005 já apresentam deterioração.

PLANEJAMENTO

O Teatro Clara Nunes é apenas mais um dos diversos equipamentos públicos de Diadema que não possuem alvará ou AVCB. Relatório feito pelo secretário de Obras, Márcio da Farmácia (PV), apontou que nove entre dez espaços públicos não continham documentação que atestasse segurança.

Entre os prédios que não estão com alvará ou AVCB estavam o próprio Paço, o Quarteirão da Saúde, a Câmara e o Hospital Municipal de Piraporinha.




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