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Montevidéu: terra da tranqüilidade
Valéria Cabrera
Enviada pelo Diário ao Uruguai
21/07/2004 | 20:22
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A tranqüilidade oferecida por Montevidéu, capital do Uruguai – que registrou seu último latrocínio (roubo seguido de morte) há mais de três anos e que conta com trânsito calmo em qualquer dia da semana, inclusive em horários considerados de rush – é a aposta do governo para incrementar o turismo da cidade, que começou a se recompor no ano passado com a volta gradual de visitantes do Chile e da Argentina. O turista brasileiro também está nos planos do governo do país, que já autorizou uma nova companhia aérea a voar para o Brasil.

Montevidéu foi fundada entre 1726 e 1730 sobre a baía do rio da Prata. Como em todo o país, a população da cidade – de cerca de 1,3 milhões de habitantes – é de origem européia, sobretudo espanhóis, italianos e portugueses – a população indígena desapareceu há mais de um século.

O turista em visita à capital uruguaia tem uma infinidade de opções de passeios. A começar por uma caminhada ao Centro Velho da cidade para apreciar sua arquitetura de origem européia e aproveitar para dar uma vasculhada na feira de antiguidades – um misto das feiras do Bixiga e da Benedito Calixto, em São Paulo.

Montevidéu também possui 31 museus. Entre eles está o Municipal Cabildo, localizado em um prédio construído em 1808 e que foi a sede do primeiro governo do Uruguai. Outra boa opção é o Museu Militar, que fica na fortaleza General Artigas, construído pelos portugueses no ponto mais alto da cidade (330 m) para defender a região.

As atividades culturais da cidade não param por aí. Montevidéu conta com 27 salas de teatro. Em junho passado, 48 peças estavam em cartaz. Mas um dos locais mais visitados pelos turistas, que mistura história com gastronomia, é o Mercado do Porto, um antigo terminal de bonde construído entre 1865 e 1868. Hoje, o local abriga algumas lojas de artesanato e vários restaurantes onde se pode comer a tradicional parrilhada, que é carne de boi, porco ou frango e seus miúdos assados na parrilha (tipo de churrasqueira). O prato não pode deixar de ser acompanhado por uma boa taça de vinho, bebida preferida do uruguaio.

Mas o brasileiro que comer uma parrilhada vai logo perceber a diferença para o nosso churrasco. Os cortes de carne são diferentes – não existe a picanha como conhecemos por aqui – e o uruguaio aprecia muito os miúdos, que vêm misturados a outros tipos de carne. Por isso, é bom perguntar que parte do animal está sendo servida. Há, por exemplo, o molleja (glândulas papilares do boi), o choto (intestino do boi) e o chinchulin (miolo).

Outra diferença da parrilhada para o churrasco brasileiro é a forma de assar a carne. Não se usa carvão e sim uma pequena camada de brasa de madeira. Por isso, a carne demora até cinco horas para assar. “Colocamos a carne bem cedinho no forno para que as pessoas possam comê-la na hora do almoço”, disse um dos garçons do La Estancia del Puerto, restaurante localizado dentro do Mercado do Porto.

Os preços são bem convidativos. Uma parrilhada para duas pessoas, mas que servem bem três, no melhor restaurante do lugar, sai por R$ 35. O Mercado do Porto abre de segunda a sexta-feira das 9h às 20h, e até as 17h aos sábados. Nos domingos, apenas três comércios abrem para o almoço.

O turista brasileiro também tem um outro grande atrativo na cidade: os cassinos. Atualmente, sete estão em atividade na capital uruguaia.

A jornalista viajou a convite da Vail Brasil Ltda. e da Uair.




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