A Central Sindical do Uruguai (PIT-CNT) encerrou na noite desta sexta-feira um dia de manifestações com panelaços, buzinaços e explosão de fogos de artifício. Os uruguaios protestaram contra os aumentos de impostos determinados pelo governo para cumprir exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante mais de quinze minutos, particularmente em Montevidéu, o protesto se completou com apagões voluntários.

Essa foi a segunda manifestação realizada desde domingo, quando os uruguaios foram convocados também pela PIT-CNT, e compareceram em massa às ruas da capital.

Para o dirigente da PIT-CNT Juan Silveira, a mobilização que incluiu uma greve de 13 horas foi "excelente", e o panelaço "foi imponente e muito grande", e marca que "o governo declarou guerra contra o próprio povo", que não está disposto a ir para o precipício", declarou.

O protesto popular, contra o aumento da carga tributária dos salários (o pacote anunciado recentemente pelo presidente Battle prevê um aumento de até 20% sobre salários e aposentadorias), chegou a poucos metros da residência presidencial, protegida pela polícia.

O PIT-CNT decidirá sobre novos protests, que podem incluir a convocação de uma greve nacional de até 48 horas para a semana que vem, quando a Câmara dos Deputados se reúne para sancionar definitivamente o projeto aprovado pelo Senado.