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Dívidas trabalhistas da Pan somam R$ 500 mil

Segundo sindicato, fábrica de chocolates deve valores a 40 demitidos desde 2017

Yara Ferraz
Do Diário do Grande BC
11/08/2020 | 00:05
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Nario Barbosa/DGABC


Ex-funcionários da fábrica de chocolates Pan, localizada no bairro Santa Paula, em São Caetano, fizeram manifestação na porta da fábrica ontem, reivindicando o pagamento de verbas rescisórias devidas desde 2017. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Laticínios e Alimentação da região, a estimativa é a de que a empresa deva cerca de R$ 500 mil – incluindo multas – já que não efetua o pagamento parcelado desde novembro do ano passado.

Pelo menos 40 ex-funcionários pararam de receber os valores em haver desde novembro do ano passado, de acordo com o advogado da entidade, Roberval Pedrosa. “A Pan não anda bem financeiramente há mais de três anos, no mesmo período que vem mandando os trabalhadores embora e gerando grandes demandas judiciárias. De novembro de 2019 para cá, a empresa parou de pagar todos os acordos que estavam em vigor. Já nos reunimos com os dirigentes, e eles alegam que não têm condição de pagar. Por isso estamos pedimos bloqueio das contas da empresa, penhora de faturamento, enfim, todos os mecanismos judiciais estão sendo utilizados para que o trabalhador receba esse crédito”, assinalou ele.

Segundo o advogado, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) permitiu a penhora de parte do faturamento da Pan para o pagamento. Segundo os manifestantes, cerca de 100 pessoas estão na mesma situação. O sindicato informou que, apesar das demissões feitas desde 2017 chegarem a este número, 40 estão com os pagamentos em atraso, e que a maioria dos acordos já terminou.

Questionada sobre o assunto pelo Diário, a Chocolates Pan afirmou, por meio de nota, que atravessa período de reestruturação, “onde dificuldades operacionais são encontradas e, neste momento, potencializadas com o atual cenário da pandemia causado pela Covid-19. Mesmo diante deste quadro, estamos buscando alternativas para solucionar a situação”, informou a empresa, que também acrescentou que os ex-funcionários que participaram do manifesto “estão em litígio com a companhia”. “Desta forma, não comentaremos casos sub júdice.”

A fábrica possui hoje 70 empregados e continua produzindo, apesar de ter aplicado a redução de 25% da jornada e trabalho, de acordo com o sindicato. A loja está fechada para reforma, segundo a portaria, e irá reabrir no dia 20.  




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