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Estado adia volta de aulas presenciais para 7 de outubro, mas abre exceção

Escolas podem ter atividades pontuais a partir de 8 de setembro; Consórcio divulga pesquisa regional

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
08/08/2020 | 00:01
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O governador João Doria (PSDB) adiou o retorno das aulas na rede estadual do dia 8 de setembro para 7 de outubro. Mesmo com a decisão, escolas públicas e particulares podem reabrir a partir da data original para atividades de reforço e acompanhamento, desde que região na qual a cidade está inserida esteja há pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo, que normatiza a flexibilização da quarentena, situação na qual se enquadra atualmente o Grande ABC.

A reabertura também depende de autorização dos municípios por meio de decreto e deve seguir algumas regras como o distanciamento físico e uso de máscara. Nesta primeira etapa, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, apenas até 35% dos alunos devem ser atendidos em atividades presenciais. Para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio, o limite máximo é de 20%. Cada escola poderá optar pela reabertura a partir de processo de consulta com envolvimento da comunidade escolar – pais e responsáveis, estudantes e educadores. 

“A volta gradual e responsável das atividades escolares é fundamental, principalmente para as crianças das camadas mais desfavorecidas da sociedade. O retorno é importante não somente pelo aspecto educacional, mas também pela questão social e da segurança alimentar”, afirmou Doria.

O anúncio do governador não impacta na decisão tomada por Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, que já descartaram retomar as atividades presenciais neste ano nas escolas municipais, o que deve se estender para as particulares e também às estaduais.

Ontem, o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC divulgou material no qual reúne pesquisas feitas pelos sete municípios com os familiares de estudantes, nas quais 83,8% dos responsáveis são contra o retorno das atividades presenciais.

Pelas redes sociais, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), disse ontem que a cidade não tem uma data para retorno ou não das aulas, mas é certo que até o fim de setembro não haverá atividades presenciais nas redes pública ou privada. Em São Caetano, também não há decisão fechada. O prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) ressaltou a pesquisa realizada com os pais e disse que irá apresentar na semana que vem plano para a educação, mas adiantou que até 8 de outubro não haverá atividade presencial em São Caetano. 

Em Diadema, o prefeito Lauro Michels (PV), também pelas redes sociais, descartou retomar atividades presencias nas escolas públicas em setembro, mas disse que irá permitir a retomada das particulares e vai esperar por reunião virtual dos prefeitos no Consórcio, terça-feira, antes de publicar decreto.

Presidente daAesp (Associação das Escolas Particulares) ABC, Oswana Fameli disse que ficou decepcionada com a posição do governo do Estado. A dirigente disse que esperava por definição e lamentou a transferência de responsabilidade para os municípios. “Estou extremamente decepcionada. Triste, angustiada ao ver como a educação está sendo tratada, um jogo de empurra. Reabertura de bares, clubes e academias foi tratada com muito mais carinho do que a das escolas. Estou bem descontente, envergonhada, na verdade”, desabafou.




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