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Orosco anuncia rompimento com Atila: 'Continua errando no cargo'
Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
04/10/2019 | 06:22
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Nario Barbosa/DGABC


Duas semanas depois de se colocar à disposição de ajudar a administração, o ex-secretário de Obras de Mauá Júnior Orosco (PDT) anunciou rompimento formal com o prefeito Atila Jacomussi (PSB) com críticas ao socialista, de quem quase foi vice, em 2016.

“Eu me coloquei à disposição, mas ele não quer se ajudar. Não enxerga um palmo à frente do nariz, comete os mesmos erros. Ele e a corriola dele não querem ser ajudados, então não haverá composição”, disse Orosco. Questionado sobre quais erros o prefeito tem cometido, o pedetista declarou que “segue como comandante de tudo, sem dar autonomia aos secretários”. “Tudo que acontece tem a mão do Atila. Qualquer coisa errada que sai de lá (governo), tem a mão do Atila.”

Orosco foi indicado como vice na chapa liderada por Atila em 2016, mas teve o registro de candidatura contestado pela Justiça Eleitoral. Diante do impasse, renunciou – a vaga foi ocupada por Alaíde Damo (MDB), sua ex-sogra. Foi nomeado para ser secretário de Obras, porém, ficou na função por alguns meses – foi exonerado em meio ao processo de separação da ex-deputada Vanessa Damo.

Nesse ínterim, houve vaivém na relação entre Atila e Orosco. O segundo articulou sua candidatura a deputado federal e apostava numa dobrada com Admir Jacomussi (PRP), pai do prefeito, que viria postulante à Assembleia Legislativa. Com idas e vindas, a parceria azedou com as prisões de Atila – nas operações Prato Feito e Trato Feito.

“Eu tentei ajudar, queria empregar minha experiência porque via no Atila a falta de capacidade de um bom gestor. Mas a postura é autoritária. Muitos ali ficam subordinados a isso. Eu decidi ir embora”, comentou. Sobre a indicação de Gilberto João de Oliveira como secretário de Obras neste regresso de Atila, Orosco foi taxativo: “Não teve digital minha”. “Ele (Atila) tratou diretamente com o Gilberto. Quem está lá (no governo do socialista) não tem relação política nenhuma comigo.”

Orosco avisou, ainda, que o PDT terá candidatura própria e que, para pavimentar o projeto, vai retirar dos quadros da sigla os vereadores Cincinato Freire e Fernando Rubinelli. “Estão fora. Se quiserem, vamos expulsar para não perderem a cadeira”, declarou. “O diretório queria que eu fosse candidato (a prefeito), mas meu foco é garantir a cadeira de deputado federal, que me é tirada por meio de manobra jurídica. Temos dois nomes em vista. A doutora Riceli (Gomes), psicóloga e advogada com grande atuação em Mauá, e o empresário Cleber Broch (que foi candidato a vice na chapa liderada por Donisete Braga, ex-PT, atual Pros, em 2016).”

Sobre as demais cidades,Orosco (coordenador regional) projetou candidaturas próprias em Santo André – Ivo de Lima –, São Bernardo – Ramiro Meves –, Diadema – Ricardo Yoshio ou professor Fábio Júnior – e Rio Grande da Serra – Gilvan Mendonça.




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