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Queda da Selic leva bancos a reduzir os juros ao consumidor
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
08/06/2007 | 07:06
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Diversos bancos anunciaram reduções nas taxas de juros praticadas para o consumidor, por conta da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de diminuir a taxa básica de juros (a Selic) de 12,50% para 12% ao ano.

O Banco do Brasil vai baixar a partir de segunda-feira as taxas do cheque especial, cartões de crédito e das linhas de CDC (crédito direto ao consumidor). A taxa máxima do cheque especial para pessoa física, por exemplo, caiu de 7,64% ao mês para 7,60%.

O Bradesco também vai diminuir (neste caso, a partir de sexta-feira) os juros do limite do cheque, do crédito pessoal e do CDC. O especial cairá de 7,99% para 7,95%, na máxima. Já a Caixa altera a partir do dia 11, entre outras linhas de crédito, os juros do penhor. Nessa modalidade, para empréstimo até R$ 300, os juros caíram de 2,26% para 2,10% ao mês.

O coordenador de pesquisas da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira, observa que não haverá impacto expressivo no bolso da população. No entanto, ele avalia que a nova medida do Banco Central traz um efeito psicológico positivo. “O consumidor passa a acreditar que a economia vai melhorar e que terá um menor risco de perder o emprego, melhorando assim o volume de vendas e a atividade econômica”, afirmou.

Segundo dados da Anefac, o ritmo de queda da Selic não é acompanhada pelos juros bancário na mesma proporção. No período de setembro de 2005 a abril de 2007, o Banco Central reduziu a taxa básica de 19,75% ao ano para 12,50% ao ano, uma queda de 36,71%. enquanto as taxas cobradas pelos bancos foram reduzidas em 6,64%.

Repercussão - A decisão do BC foi criticada por representantes da indústria. Para o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, embora signifique um avanço, é insuficiente para influenciar o câmbio, cuja sobrevalorização prejudica vários segmentos industriais.

O diretor do departamento de Economia do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Boris Tabacof, também criticou a medida. “A decisão apenas sancionou aquilo que o mercado financeiro esperava. Com uma queda mais acentuada, os investimentos avançariam prontamente”, disse.



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