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Projeto Cine B Solar, que promove filmes brasileiros, leva cinema de graça hoje em Mauá

Por Miriam Gimenes
08/06/2018 | 07:00
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Danilo Ramos/Divulgação


Se o público não vai ao cinema, o cinema vai até o público. É mais ou menos com esta ideia que surgiu o Projeto Cine B – que promove filmes brasileiros –, há 11 anos, e que hoje ‘atraca’ na Associação Amigos do Santa Lídia (Rua Cesário Parmegiani, 360), em Mauá, a partir das 19h.

Com a apresentação do filme A Menina Índigo, a iniciativa vem pela primeira vez na região com um plus: este ano ganhou no nome a palavra ‘solar’, já que as sessões serão exibidas com a utilização de energia captada por meio de um veículo equipado com placas solares, baterias e conversor. A parafernália transforma a luz do astro-rei em energia elétrica para alimentar o sistema de projeção e o som dos filmes.

Segundo o coordenador do projeto, Cidálio Vieira Santos, a iniciativa – realizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e produzida pela Brazucah Produções – surgiu por conta da vontade de levar a experiência de uma sessão de cinema para as comunidades e instituições de ensino das periferias e com difícil acesso aos equipamentos culturais.

“A ideia é democratizar o cinema brasileiro e divulgar. Além de fazer com que algumas pessoas assistam pela primeira vez uma sessão de cinema, nós também incentivamos a ver as produções brasileiras. Há ainda muita gente que tem preconceito com estes filmes, mas já vi, ao longo destes 11 anos na estrada, muitas pessoas dizendo que mudaram a visão depois de participar do projeto”, comemora Santos. Durante este período, o projeto já atingiu cerca de 60 mil espectadores em mais de 480 sessões gratuitas, algumas com 500 pessoas. Já foram exibidos na tela do Cine B mais de 116 longas-metragens e 73 curtas-metragens, além da realização de pré-estreias exclusivas de filmes como Era Uma Vez, Meu Nome Não é Johnny, Divã, Raul Seixas e Pitanga, entre outros.

E Santos diz que, na maioria das vezes, procura levar o diretor ou alguns dos autores do filme para ao final da exibição fazer debate com o público. “Quando não conseguimos levar fisicamente, como será no caso do filme de Mauá, pedimos para que gravem um vídeo falando sobre o trabalho”, destaca.

ITINERANTE
A estrutura de exibição do Cine B é itinerante e composta pelo veículo equipado pelas placas solares, um telão, o projetor, caixas de som, cadeiras, um painel luminoso, cartazes de divulgação, convites e pesquisas de avaliação do projeto. Também conta com uma pessoa que serve pipoca gratuita em todas as sessões. “Antes da exibição, para mostrar como funciona toda a estrutura, separamos o público em grupos de oito pessoas para entrarem no veículo e entenderem como é realizada a captação solar. As crianças adoram, acham que parece uma nave espacial”, diz o coordenador do projeto.

Ainda que o dia esteja nublado, segundo ele, não tem problema. “Já estamos com a bateria carregada e com capacidade para 20 horas.” Os ingressos devem ser retirados no local ou solicitados pelo e-mail producaocineb@brazucah.com.br.  




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