Depois de demitir 45 funcionários no começo desta semana, a Davene aceitou negociar com o Sindicato dos Químicos do ABC benefícios e compensações para aqueles que foram dispensados. "Já que a empresa está irredutível e não vai anular as demissões, viemos em busca de um acordo que amplie os benefícios de quem foi dispensado", afirmou Rubens Oliveira do Nascimento, diretor do sindicato.
O pedido é que a empresa amplie benefícios como convênio médico, cesta básica e reveja a dispensa de alguns trabalhadores. Mas, a princípio, não houve acordo na primeira reunião entre os sindicalistas e a empresa.
Nascimento disse que a Davene apresentou os balanços entre 2005 e 2008 e comprovou que teve uma redução de 70% no faturamento entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano. "Sabemos que estes meses são ruins. Mas a empresa fez muitos investimentos no ano passado, investiu na unidade de Campinas, no escritório da Vila Olímpia, em São Paulo, contratou cerca de quatro diretores com salários altos e não conseguiu administrar", reclamou o sindicalista.
Logo que a empresa anunciou as demissões, Nascimento apontou como alternativa a suspensão dos contratos para salvar os postos de trabalho. "Mas a direção da empresa afirmou que não tinha condições de fazer isso", lembrou.
Para o sindicalista, a crise não chegou ao setor de cosméticos e perfumaria. "Muitas pessoas estão deixando de comprar bens duráveis para não entrar em dívida neste momento conturbado e, com isso, sobra mais dinheiro para os cuidados pessoais", disse.
A empresa, que conta hoje com cerca de 180 funcionários, espera se recuperar nos próximos seis meses.
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