Segundo Approbato, se a OAB verificar, após a entrega do relatório, que os trabalhos da força-tarefa vêm surtindo efeito, a entidade "se convencerá de que a intervenção federal no Espírito Santo não era necessária".
Apesar do acordo com FHC, ele declarou que a intervenção deveria ter sido decretado ao menos como uma medida pedagógica, para mostrar que o governo federal está combatendo a criminalidade. "Lá no Espírito Santo não existe poder paralelo. As linhas se encontraram. A polícia e o governo federal precisam desmontar esse esquema", afirmou.
Fernando Henrique, por sua vez, classificou o encontro com o presidente da OAB como "produtivo". Por meio do porta-voz Alexandre Parola, ele declarou que "o doutor Approbato pôde perceber que a intenção do governo sempre foi firmemente a de combater o crime organizado e que, na impossibilidade de o assunto ser levado ao Supremo Tribunal Federal, o Ministério da Justiça tomou medidas para acelerar a apuração dos crimes e reforçar a segurança da população capixaba".
A intervenção no Estado foi proposta pela OAB no final de maio sob o argumento de que instituições criminosas, como a Escuderie Le Cocq, estariam infiltradas em setores do governo capixaba e de que "a situação de corrupção está atingindo níveis insuportáveis".
O pedido chegou a ser aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, no Ministério da Justiça, mas foi arquivado pelo procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que alegou inviabilidade política e jurídica para que tal medida fosse tomada.
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