Se dentro de campo as coisas não vão bem no Santo André – o time conquistou apenas seis pontos em sete partidas no Campeonato Paulista –, fora dele o departamento médico usa todos os recursos que tem à disposição para facilitar o trabalho dos atletas. Nesta semana, os jogadores foram submetidos ao teste da pisada, que identifica possíveis deformações nos pés que podem ser corrigidas com o uso de palmilhas especiais.

“Fizemos dois testes para identificar o tipo de pisada de cada jogador, vamos traçar perfil quanto à possibilidade de ter lesões. A ideia é prevenir e sugerir algum fortalecimento para melhorar o equilíbrio dinâmico ou indicar uso de palmilhas para fazer espécie de balanceamento”, explicou o fisioterapeuta Leonardo Signorini, responsável pelos testes, que foram supervisionados pelo médico do clube, Fábio Novi.

Por mais modernos que sejam os aparelhos, porém, eles não são capazes de corrigir o popular pé torto, que vem atrapalhando e muito o Santo André no Paulistão. Além de ser uma das equipes que menos finalizam na competição, com 71 chutes contra os gols dos adversários em sete rodadas – média de 10,1 por partida – , apenas 25,4% foram na direção correta e isso mostra bem por que o Ramalhão tem o quarto pior ataque, com seis gols.

O rendimento faz o Santo André viver situação bem curiosa no Paulista. Um ponto separa o time da Ferroviária, 15ª colocada e primeira na zona de descenso, e a mesma diferença é a vantagem do São Bento, segundo na Chave C, portanto, que iria às quartas de final.
Neste contexto entre os extremos, o clube tem uma certeza: não pode mais vacilar em casa. Já foram três jogos no Bruno Daniel e o Ramalhão ganhou só um ponto. O próximo desafio como anfitrião será amanhã, diante do Botafogo, e ainda receberá Ponte Preta e Santos.

“Não tem jogo fácil. Temos de fazer os resultados em casa, porque ganhando vamos classificar. Fora também temos de entrar forte. Tenho convicção de que vamos classificar e pegar o Palmeiras (nas quartas de final)”, projetou Serginho, que, com a saída de Eduardo Ramos – pediu rescisão do contrato – é o único meia do elenco. “A briga está para os dois lados (classificação e rebaixamento), mas nosso grupo é bom e muito unido. Os resultados não estão aparecendo, mas trabalhando as coisas vão melhorar, tenho certeza”, acrescentou.