Eleições 2016 Titulo Campanha
Após 8 dias, série de candidatos ainda não engrenou campanha

Parte dos postulantes ao cargo de prefeito na região segue sem se apresentar ao eleitorado e pedir votos nas ruas

Fábio Martins
Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
25/08/2016 | 07:00
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Montagem/DGABC


Oito dias após a largada formal das campanhas eleitorais para busca do voto em outubro, série de candidatos às prefeituras do Grande ABC tem evitado atividades de rua. Seleto grupo de postulantes ainda não engrenou a empreitada para o tradicional corpo a corpo com o eleitorado, contrastando com a postura do período de pré-campanha, quando os ainda pleiteantes asseguravam agenda frequente a fim de suprir a redução do tempo de campanha de 90 para 45 dias, imposta pela Justiça neste páreo.

Dentre os prefeituráveis mais confinados neste começo da corrida política, a maioria concentra-se nos projetos de menor expressão, casos de Ricardo Alvarez (Psol-Santo André), Tunico Vieira (PMDB-São Bernardo), Osvaldo Ribeiro Filho, o Vadinho (PV-São Caetano), Taka Yamauchi (PSD-Diadema) e Cleson Alves (PMB-Rio Grande da Serra). Entretanto, foram registradas também situações de estratégia, como o do ex-prefeito de Santo André Aidan Ravin (PSB) e o atual chefe do Executivo de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB). Com aparição em peças publicitárias e nas redes sociais, Aidan e Saulo têm se esquivado até agora de caminhadas de rua, promovendo eventos internos. Ambos contabilizam altos índices de rejeição.

Ao todo, 50 candidatos homologaram seus nomes para a concorrência pelo comando dos Executivos locais. Nos demais projetos majoritários, o argumento foi reclamação com burocracia. Um dos mais críticos foi o representante do Psol andreense, presente pela segunda vez na corrida ao Paço. “Teremos material de campanha só na sexta-feira (amanhã). Perderemos uns dez dias, ficando 35 dias para valer. É certidão, CNPJ, protocolo em cartório, conta (corrente). É burocracia imensa. Com essa situação, ficamos amarrados. Tinha que mudar isso. O Estado te pede coisas que o próprio Estado demora para entregar”, alegou.

Pela primeira vez na concorrência pelo comando do Palácio da Cerâmica, Vadinho (PV) afirmou que tem realizado atos de corpo a corpo, embora não tenha divulgado programação. Citou que a falta de materiais para sua identificação junto ao eleitorado tem atrapalhado. “Nós estamos nas ruas, mas tivemos dificuldade para abrir conta, por exemplo, e por isso não temos material. Queremos fazer tudo dentro da lei.”

O vereador de Rio Grande da Serra Cleson Alves (PMB), candidato à sucessão, ainda não promoveu atividades externas. “Ainda estamos acertando (a campanha) por aqui. Finalizando a documentação e a abertura de conta”, citou Cleson.

A assessoria de Aidan informou que ele tem participado de encontros comunitários, feira livre e eventos em entidades de classes. Já Saulo disse que tem feito ações no período da noite.
Tunico, por sua vez, justificou que tem segurado a campanha por estratégia e “por limitação de recursos (financeiros)”.
(colaboraram Vitória Rocha e Júnior Carvalho) 




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