Se de um lado a Bolsa de Valores exibe todas as condições para fechar o mês de abril como o ativo mais rentável do mês - mantendo a liderança de investimento mais valorizado do ano - de outro, números divulgados pela Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimentos) demonstram que o perfil do investidor brasileiro é conservador e dá preferência às aplicações de renda fixa.

Isso fica evidente quando se verifica para onde segue o dinheiro das empresas e das pessoas físicas. A parcela que não vai para o consumo de bens reais (como automóveis, imóveis, televisores e alimentos) é direcionada para os fundos de renda fixa e aplicações que tenham, prioritariamente, CDBs (Certificados de Depósito Bancário), CDIs (Certificados de Depósito Interbancário) e títulos do Tesouro Nacional como indexadores de rendimento.

Só neste mês, os fundos de Curto Prazo, muito usados por empresas para movimentar o capital de giro, absorveram R$ 1,3 bilhão em novos recursos. Outro fundo com esse perfil, o Renda Fixa Multi-Índice, captou R$ 1 bilhão para o caixa. Se a verificação se der sobre o comportamento das captações no ano, só os fundos de renda fixa tradicionais abocanharam R$ 8,3 bilhões, ou o maior volume individual dentre todos os 44 tipos de fundos de investimentos existentes no sistema financeiro.

Vale lembrar que a indústria de fundos fecha a 1ª quinzena de abril com R$ 42,8 bilhões  nos cofres, elevando o patrimônio do setor para R$ 800 bilhões.

2ª quinzena - A tendência para este fim de abril é que as bolsas mantenham o ritmo de recuperação. Estimativas de analistas apontam que o rendimento máximo do CDI será de 1,091% no mês. Se seu investimento pagar 100% do DI, esse será o rendimento nominal bruto - sem a dedução de impostos. Quanto à taxa de câmbio, sem chance. O ritmo continua sendo de queda lenta e gradual, com maior movimentação apenas em cima da agenda das eleições ou fatores externos. O mesmo vale para aplicações em ouro.