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Menor acusa 'padrinho' de espioná-la por microcâmeras
Do Diário OnLine
08/08/2002 | 10:55
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O empresário Carlos Eduardo Calfat Salem, 60 anos, nega as acusações da estudante A.L.L., 15 anos, que afirma que ele a espionava por meio de microcâmeras. A adolescente morava na casa de Salem, na zona Sul de São Paulo, há cerca de seis meses. O empresário teria ficado responsável pela menina a pedido do pai dela, que vive na França. Todas as despesas da garota estavam sob responsabilidade de Salem.

Salem é presidente de honra da Fundação Instituto Calfat Salem, instituição de caridade mantenedora do Programa Ação Criança.

Segundo a menor, ela estaria sendo espionada por quatro microcâmeras, duas em seu quarto e duas no banheiro, uma delas instalada no vaso sanitário. Ao perceber que estava sendo vigiada, a adolescente resolveu chamar a polícia.

Depois de uma perícia realizada na casa, a Polícia Civil constatou que as imagens filmadas eram transmitidas para o quarto do empresário. De seu dormitório, Salem poderia coordenar o movimento das câmeras e assistir a momentos íntimos da garota, como num reality show. Ela não gravava as imagens, apenas as assistia.

Segundo o delegado Olavo Reino, a jovem informou que nunca percebeu comportamento estranho no empresário. O delegado disse que ela ficou chocada, assustada e decepcionada com a atitude de seu ‘padrinho’.

Reino classificou o acusado como um “voyer com desvio psicológico”. Salem possui coleções de livros, fotos e filmes pornográficos.

Ele ainda informou que a garota havia percebido apenas uma das microcâmeras, instalada no banheiro, quando decidiu chamar a polícia. Depois do empresário ter sido desvendado, ela deixou a casa localizada no Campo Belo e se mudou para a residência de sua mãe, que vive em Santa Catariana.

A advogada de Salem, Maria Elizabete Queijo, disse que o seu cliente está se sentindo constrangido e bastante magoado com as acusações. Ele nega ter espionado a menina e diz que aumentou o número de microcâmeras em sua casa por uma questão de segurança, pois foi seqüestrado no final do ano passado.

Maria Queijo disse ainda que Salem, que deixou o Brasil depois das denúncias, acredita que a menor tenha sido influenciada por alguém. Ela informou que o empresário conhece a adolescente desde que ela tinha 5 anos de idade e acrescentou que ele sempre prestou assistência a ela como se fosse uma filha. Depois das acusações, segundo a advogada, ele não chegou a entrar em contato com a garota.




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