O preço da salada ficou mais acessível ao consumidor da região em setembro, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). O quilo da cebola e do tomate e o pé da alface lideraram as baixas de preços desse levantamento no mês passado, respectivamente com quedas de 33,62%, de 12,92% e de 12,97%. Passaram a valer, também por essa ordem, R$ 4,19, R$ 3,55 e R$ 1,67.

A cebola, depois de atingir o maior valor da história desse levantamento (iniciado em 2001) – nunca tinha chegado a R$ 7 – entre julho e agosto, ainda segue cara na comparação com o praticado no ano passado (estava na faixa de R$ 2.50). A alta ocorreu por causa da estiagem prolongada, da valorização do dólar e da necessidade de importar o produto da Holanda. “Mas a safra paulista voltou”, disse o coordenador da pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto. Ele acrescenta que o clima mais ameno da primavera favorece o cultivo de hortaliças e do tomate.

Em relação às altas, a batata e o frango são dois destaques. O primeiro item subiu 19,09% (R$ 3,73) na média do mês, mas, nas últimas semanas de setembro, veio apontando tendência de retração no preço. Já a ave teve aumento de 12,46% (R$ 5,76), o que, segundo De Benedetto, ocorreu porque o item é a alternativa mais barata em épocas de crise, em que o valor alto da carne bovina afugenta os consumidores.

Com essas variações, o custo médio da cesta básica na região teve ligeiro recuo, de 0,76% no mês, o que significou economia de R$ 3,73 para os consumidores, passando a R$ 488,94. O valor corresponde à despesa mensal com conjunto de 34 produtos de primeira necessidade de família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças).