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Garotinho apela à reza de evangélicos
Por Do Diário OnLine
21/07/2002 | 17:03
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O candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, pediu, na noite de sábado, durante a comemoração pelos dez anos da criação da igreja Sara Nossa Terra, em Brasília, que os evangélicos de todo o país rezem juntos por cinco minutos no próximo dia 28 pela sua candidatura. Segundo Garotinho, a iniciativa da oração teria partido do Conselho Nacional dos Bispos e contaria com o apoio de várias igrejas evangélicas.

O presidenciável disse que sofre preconceito por ser evangélico. “Infelizmente existe muito preconceito contra os evangélicos no país. Não quero que vocês votem em mim porque eu sou crente, mas porque eu sou competente e honesto”, discursou o candidato para uma platéia com mais de duas mil pessoas.

O bispo Robison Rodovalho, da Sara Nossa Terra, comemorou o fato de um evangélico concorrer à Presidência. “Com Garotinho no Palácio do Planalto, pela primeira vez os evangélicos não serão alijados do processo social . Vamos colocar o Brasil de joelhos”, afirmou.

Após a fala do religioso, Garotinho se ajoelhou e foi abençoado pelos demais bispos, que estavam ajoelhados em torno do candidato. “Pai, põe a mão na campanha de Garotinho”, pediu Rodovalho.

Renegociação- Garotinho defendeu no sábado uma nova renegociação das dívidas dos Estados e Municípios. Garotinho quer que essa renegociação aconteça dentro da discussão de um novo pacto federativo para o Brasil. "O primeiro a propor um pacto federativo fui eu há seis meses atrás. E esse pacto também passa por esse entendimento das dívidas dos Estados e Municípios", disse Garotinho, em entrevista.

Porém, o ex-governador do Rio de Janeiro não definiu uma data para a realização desta renegociação. "Na hora certa vamos colocar essas questões", disse ele. O outro candidato que se mostrou favorável à renegociação foi Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Com relação a uma suposta assinatura de um acordo de transição com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Garotinho disse que não firmaria o acordo antes das eleições, e que a responsabilidade é do atual presidente Fernando Henrique Cardoso. "Existe um governo constituído legitimamente. Um presidente eleito, que deve cumprir com as suas obrigações até o último dia do mandato. Quem tem de decidir se assina ou não o acordo é o presidente", afirmou.

Garotinho disse também que ainda espera o convite do presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, para conversar sobre a situação econômica do país. "Provavelmente ele vai me chamar ainda. Eu acredito na boa-fé dele", afirmou. Os representantes dos candidatos do PT e do PSDB já conversaram, na semana passada, com o presidente do BC. Uma reunião com o candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, também já está sendo agendada.




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