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Olímpia vence nos pênaltis e impede final brasileira da Libertadores
Fernão Silveira
Do Diário OnLine
18/07/2002 | 00:09
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Num jogo bastante tumultuado, o Olímpia (Paraguai) eliminou o Grêmio nos pênaltis e impediu a primeira final 100% brasileira da Copa Libertadores da América. O tricolor gaúcho venceu por 1 a 0 no tempo normal e perdeu por 5 a 4 na decisão por pênaltis, credenciando o alvinegro de Assunção a disputar a final da competição sul-americana contra o São Caetano. A primeira partida da decisão ocorre na próxima quarta-feira (dia 24), na capital paraguaia, e a finalíssima fica para o dia 31, em São Paulo (provavelmente no Pacaembu, pois o Anacleto Campanella não tem a capacidade de pelo menos 30 mil torcedores exigida pela Conmebol).

A arbitragem do argentino Daniel Gimenez foi polêmica. Ele anulou um gol do Grêmio no segundo tempo, apontando um impedimento controverso de Luiz Mário, e mandou repetir uma cobrança de pênalti desperdiçada por Cavallero, pois o goleiro Eduardo Martini se adiantou antes da batida e conseguiu defender. A última decisão polêmica de Gimenez quase inviabilizou o término da partida. Dirigentes e jogadores do Grêmio invadiram o gramado para reclamar da arbitragem e atrasaram a cobrança por quase 20 minutos.

Depois de vencer o Grêmio no Paraguai, o Olímpia foi a Porto Alegre disposto a se fechar atrás e perder de pouco. O time alvinegro quase não ameaçou o Grêmio, que demorou a conseguir se desvencilhar da retranca guarani.

A bola balançou a rede pela primeira vez aos 37. Claudiomiro aproveitou uma confusão dentro da área e chutou para o gol. Luiz Mário, em posição de impedimento, pulou a bola, que acabou entrando no canto do goleiro Tavarelli. O árbitro argentino anulou, entendendo que o atacante gremista participou do lance (desconsiderando o chamado impedimento passivo).

O gol gaúcho só valeu aos 45 do primeiro tempo, quando Zinho desviou um cruzamento de Anderson Lima e enganou o goleiro Ricardo Tavarelli.

No segundo tempo, o Grêmio aumentou a pressão, mas parou nas falhas de finalização e nas defesas do goleiro Tavarelli.

O Olímpia conseguiu o que queria e levou a partida para os pênaltis. Anderson Lima, Enciso, Anderson Polga, Orteman, Zinho e Lopez converteram em seqüência. No quarto chute do Grêmio, Rodrigo Fabri bateu fraco no canto esquerdo e Tavarelli, sem se adiantar, voou para defender. Para aumentar a emoção, Cavallero cobrou mal o quarto tiro do Olímpia e Eduardo Martini, no mesmo canto esquerdo, pegou. Mas o arqueiro gremista deu um passo à frente antes da cobrança (o que a regra não permite) para defender. Gimenez, na mesma hora, ordenou a repetição do chute.

Depois de muita confusão, Cavallero repetiu o canto e acertou. Fernando converteu a última cobrança do Grêmio, mas Franco também balançou a rede no último chute e garantiu o Olímpia na final.

Será a sexta final do Olímpia na Libertadores da América. O time paraguaio já venceu duas vezes (1979 e 1990) e foi vice em três (60, 89 e 91). O clube alvinegro, dono de uma história centenária, enfrentará na final o jovem Azulão (apenas 12 anos), vice-campeão brasileiro nos últimos dois anos e jamais finalista da Libertadores.




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