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'Ela era especial', diz mãe de milagreira
Por André Vieira
Do Diário do Grande ABC
18/10/2009 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Ainda pequena, ela começou a dançar e cantar. Aos 9 anos, apresentou-se pela primeira vez na rádio. Aos 13, fundou uma academia. Dois anos mais tarde, em 1958, morreu de apendicite aguda, em Santo André e, desde então, é reconhecida por milhares como santa milagreira. Para Eunice Pereira Sanches, 89, a trajetória da filha, Vanilda Sanches Béber, é a de uma criança especial.

Nascida no bairro da Penha, na Capital, Vanilda foi trazida para o Grande ABC quando tinha 5 anos, pelos pais - o torneiro mecânico Antonio Sanches, morto em 1973, e a cabeleireira e costureira Eunice.

A mãe conta que a menina despertou interesse pela dança a partir do cinema, reproduzindo as coreografias que assistia nos filmes. Primeiro veio o bailado e o sapateado clássicos, depois a dança espanhola, que aprendeu com a avó.

Desde pequena também demonstrou extrema religiosidade. Segundo a mãe, Vanilda pediu uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e "passou a desprezar as bonecas."
No começo, a mãe não gostava de ver a filha brincar com a imagem, pois achava que era pecado. Mas aceitou, quando percebeu a naturalidade com que a filha cuidava da "santinha", como ela a chamava.

Conciliando as artes e a vocação religiosa, Vanilda começou a cantar em rádios da região e da Capital. Na mesma época, frequentava a missa e "não deixava de rezar o terço todos os dias", segundo Eunice.

Quando completou 13 anos, Vanilda fundou uma academia no Centro de Santo André, onde era professora de dança e chegou a ter 46 alunos. Depois casou-se e estava grávida de poucos meses, quando foi ao médico, sentindo dores abdominais.

Submetida a cirurgia, a jovem não resistiu e morreu aos 15 anos, de apendicite aguda, conforme o atestado de óbito, que Eunice apresentará à Igreja, que investiga a santidade da menina.

A mãe contou que, no velório, recebeu condolências de uma desconhecida de azul. "Ela disse: ‘não chore, sua filha está com Deus'", afirmou. Há quem diga que foi Nossa Senhora quem a consolou.

Eunice contou que, depois de sonhar com a filha flutuando sobre nuvens, passou a receber visitas de gente que disse ter obtido graças ao rezar para a menina.

 




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