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Sábado, 27 de Abril de 2024

Palavra do Leitor
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Palavra do Leitor
Uma homenagem aos educadores
Do Diário do Grande ABC
15/10/2020 | 11:37
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 Em essência, a atuação dos docentes sempre envolveu entrega descomunal. Entretanto, essa constatação ficou escancarada para a sociedade brasileira, sobretudo para pais e responsáveis, durante a pandemia. Exercício profissional, diante da necessidade de aulas remotas, tornou-se verdadeira maratona de superação e amor pela educação. Para se ter ideia, levantamento que questionou o quanto docentes estavam preparados para usar, no ensino, as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) mostrou que, no Brasil, somente 64,2% se sentiam confortáveis com a temática. Ou seja, a cada três professores, uma teve que superar muitas barreiras para continuar ministrando aulas.

Com convicção, digo que essa conduta dos professores não me surpreendeu, porque sempre soube da dedicação que envolve a decisão de se tornar educador no Brasil. Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) aponta que entre principais motivações para ingressar na profissão estão a possibilidade de contribuir com a sociedade (97,2%); chance de influenciar o desenvolvimento de jovens e crianças (95,4%); e a atividade permitir ao profissional beneficiar pessoas menos favorecidas socialmente (93,7%). Professores – ao lado dos profissionais da saúde – são alguns dos protagonistas do momento que vivemos.

Diante das histórias de superação que ouvimos sobre professores – alguns decidiram caminhar quilômetros para levar atividades para alunos sem internet; outros, tiveram que conciliar a vida profissional e a dinâmica familiar em mesmo ambiente; e houve os que abriram diálogo com pais e responsáveis para juntos encontrarem a melhor alternativa educacional – confesso que a solidariedade entre docentes foi algo que me comoveu, especialmente. Pesquisa da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) mostrou que 39% utilizaram sugestões dadas por outros professores. A troca entre eles foi muito grande; amparo e empatia entre pares. Mas, claro, o período não envolve apenas superação; engloba preocupações, sobretudo equilíbrio emocional dos professores e risco de voltar às aulas presenciais sem vacina. Vejo que, como sociedade, estamos todos aprendendo juntos.

No livro Antifrágil – Coisas que Se Beneficiam com o Caos, de Nassim Nicholas Taleb, há conceito que ilustra muito bem o momento que vivenciamos. Antifrágil está para além do que é resiliente e robusto; resiliente resiste a impactos e permanece o mesmo. Antifrágil fica melhor, porque enfrenta choques e cresce com eles, ou seja, melhora diante de situação inesperada. Enxergo educadores brasileiros sendo pautados por essa conduta. Por isso, a eles, a minha admiração e o meu agradecimento!

Claudio Sassaki é mestre em educação e cofundador da empresa Geekie.

PALAVRA DO LEITOR
Com carinho
A todos os professores, sem distinção, especialmente aos meus, desde o ‘primário’ na EE Cristina Fittipaldi, na Vila Valparaíso, indo ao ‘ginásio’ na EE Professor José do Prado Silveira, no bairro Sacadura Cabral, e ao ‘colégio’ no Américo Brasiliense, no Centro, as três em Santo André, até minha formação, na Metodista, em São Bernardo, meu agradecimento e minha admiração. A vocês todo meu carinho. Muito grato sou por todo o repasse de valiosos ensinamentos. Torço muito para que tenham o reconhecimento merecido, mestres, tanto pessoal quanto profissional.
Francisco Marcos Teixeira
Santo André

Okinawa
Um detalhe me chamou a atenção na reportagem sobre a Avenida Sete de Setembro, em Diadema, da série Nossa Rua (Setecidades, dia 12): a omissão em relação à sede do histórico Centro Cultural Okinawa do Brasil, que fica no número 1.670, próximo à Imigrantes. Ali, por exemplo, tem pequeno museu com acervos valiosos sobre a imigração de famílias da cidade de Okinawa, formada por mais de 150 ilhas no Mar da China Oriental, entre Taiwan e o Japão continental. Só de fotos inéditas penso que seriam suficientes para ocupar duas páginas deste respeitável Diário, que nos enriquece de informações e conhecimentos todos os dias quando chega às nossas mãos, seus milhares de leitores e leitoras.
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema

O sistema
Os que o condenam Emanuel Teixeira (por abandonar chapa com Sargento Lobo em Santo André – Política, dia 10) com certeza o fazem para não perder suas mordomias e continuar ganhando com a velha maneira de fazer política. O candidato a vereador Diego Cabral publicou em seu Facebook que a Prefeitura gasta R$ 3 milhões ao mês com cargos comissionados. Daí já dá para se ter ideia de quantos querem manter o sistema. Emanuel tinha entrado nessa pela vontade da mudança, e por ver muito discurso e pouca ação. Celebro isso e muitos devem se frustrar e eclipsar, por não terem a coragem que ele teve, mesmo eu achando que seu candidato a prefeito não era a melhor escolha neste momento. Emanuel, o problema não são os candidatos, mas, sim, o ‘sistema’.
Marcel Martin
Santo André

Punição
Todo funcionário público que comete falta grave é punido com demissão a bem do serviço público. Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) podem sofrer o quê? Impeachment?
Tânia Tavares
Capital

Ex-prefeitos
Como são inconvenientes os ex-prefeitos João Avamileno (ex-PT, hoje SD) e Carlos Grana (PT). Têm coragem de sair candidatos a prefeito e vereador, respectivamente, mesmo sendo responsáveis por dívida extraordinária de R$ 3,4 bilhões à Sabesp por mais de 12 anos de serviços prestados não pagos. Ainda insinuavam as mais inacreditáveis desculpas para tamanho calote. Típica especialidade dessa legenda (PT), que se diz defensora dos trabalhadores, na qual seus políticos têm coragem de se declarar inocente, só encontrar defeitos nas atitudes de outros homens públicos e se acharem os donos da razão e da verdade. Eu, cidadão com mais de 80 anos de idade e morando em Santo André há exatos 58 anos, nunca tinha visto tantos desmandos e negligências como nas administrações do PT, que tiveram grandes oportunidades de fazer o bem e tudo o que realizam é em benefício próprio. Antes de tentarem enganar as pessoas de novo, que tal tomarem um pouco de vergonha na cara?
Manoel Borges
Santo André

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