O primeiro capítulo da aventura cinematográfica de Ribeirão Pires chegou ao fim. Foram revelados na sexta-feira os vencedores do Festival de Cinema que movimentou a cidade desde o fim de março, mas que iniciou as mostras competitivas neste mês.

Comandado pelo diretor Emerson Muzeli, o evento optou por deixar de lado a ideia um corpo de júri profissional para analisar os concorrentes e apostou no voto popular para decidir os destaques. O público pôde votar em um total de dez categorias: filme, diretor, roteiro/argumento, fotografia, atriz, ator, montagem, arte, desenho de som e música original.

O grande vencedor deste ano foi "Uma Luz no Fim do Tubo", do diretor Antonio Zanela. A produção levou para casa o prêmio de melhor filme e o de melhor montagem. O curta-metragem acompanha a trajetória do surfista Elias ‘Figue' Diel, uma das promessas da modalidade na década de 1980. Sua carreira foi comprometida após acidente de carro que o deixou cego. Para espanto de muitos, voltou a surfar tempos depois, tornando-se um exemplo de vida.

Quem também festejou com a escolha dos espectadores participantes foi o cineasta gaúcho Filipe Ferreira, vencedor na categoria de melhor diretor. Ele trouxe para o festival o filme Os Batedores, que mostra a relação entre um simplório batedor de carteiras e o chefão do submundo local que reaparece inesperadamente.

Em seu ano de estreia e com o tema "Um Novo Olhar", o Festival de Cinema de Ribeirão Pires contou com mais de 300 curtas-metragens inscritos, mas somente 160 foram selecionados. O evento teve sua programação movimentada também por sessões populares, onde as atrações foram filmes nacionais apresentados gratuitamente no Paço Municipal. Outra atração ligada ao evento foi a mostra escolar, destinada a alunos de colégios locais e com o intuito de levá-los a conhecer mais sobre o mundo do cinema.