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Para o Ipea, o nível de reservas cambiais é alto
30/01/2008 | 07:04
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Em momento de forte turbulência externa, estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sugere que pode ter chegado a hora de o Banco Central parar de comprar reservas.

Sugere, ainda, que as reserva chegaram a um nível excessivo. O estudo, divulgado no site da instituição no final da semana passada, quando a volatilidade estava alta, é assinado pelos economistas Marco Antônio Cavalcanti e Christian Vonbun.

Cavalcanti explicou que o estudo mostra que, se o objetivo das reservas é defender o País contra crises, o nível alcançado em setembro de 2007, de US$ 162,96 bilhões (hoje já ultrapassou US$ 185 bilhões, mas o estudo refere-se ao período de 1999 a 2007), “não se justifica, é excessivo”.

Naquele momento, segundo ele, o nível considerado "ótimo" de reserva, de acordo com modelos econômicos estudados, estaria entre US$ 50 bilhões e US$ 90 bilhões, ou seja, haveria um “excesso” de pelo menos US$ 70 bilhões nas reservas acumuladas no Brasil no final do ano passado.

O economista do Ipea sublinha todo o tempo algumas limitações do estudo, que segundo ele é “simples”, mas acrescenta, porém, “que a diferença é tão grande (entre o nível ótimo de reservas e o efetivo) que dá a entender que há excesso de reservas”.

Segundo ele, os benefícios das reservas são claros, como aumento da credibilidade da economia brasileira para os investidores externos, que se reflete no risco País, além da já citada proteção a crises. Ele alerta, porém, que há custos para as reservas, já que um alto volume de recursos estão imobilizados em um ativo que “rende muito pouco em relação a outras alternativas”, afirma.




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