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Governo admite restrição à entrada de capital estrangeiro
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09/05/2008 | 07:08
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, admitiu ontem que o governo poderá adotar medidas para restringir a entrada do capital estrangeiro especulativo, caso o dólar caia ainda mais em relação ao real, uma das conseqüências da obtenção de grau de investimento pelo Brasil.

O ministro, no entanto, fez questão de ressaltar que não espera por uma "enxurrada de dólares" no País e, portanto, não coloca a adoção de medidas cambiais em seu cenário básico.

"As avaliações aqui no Ministério indicam que não haverá uma enxurrada porque já houve uma enorme entrada de investimentos diretos no Brasil nos últimos dois anos. Somos o segundo maior país em recebimento de investimentos diretos entre os emergentes. Isso porque há uma liquidez muito menor no mundo com a crise do subprime (hipotecas de segunda linha nos EUA), em que os bancos e fundos encolheram muito as perspectivas para investimentos", explicou o ministro.

Desde a elevação do Brasil à categoria de país seguro para se investir pela Standard & Poor's, na quarta-feira da semana passada, o mercado espera pelo ingresso significativo de dólares no País e teme a adoção de medidas de restrição ao capital estrangeiro, embora a possibilidade já tenha sido negada pelo governo.

"Nas condições atuais isso não é necessário e não acredito que seja feito. Eventualmente se as nossas avaliações estiverem erradas certamente o Ministério da Fazenda e o Banco Central terão medidas como aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) ou outro imposto qualquer sobre o capital especulativo", afirmou o ministro.




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