Longe da família e sem condições financeiras para arcar com custos de aluguel, pessoas em situação de rua encontraram em estacionamento desativado na Perimentral, no Centro de Santo André, abrigo temporário enquanto esperam ajuda da Prefeitura.

São homens e mulheres - incluindo uma grávida de 8 meses - com histórias de vida tristes, mas que não perderam a esperança de conseguir auxílio para voltar para suas cidades de origem ou emprego para melhorar de vida.

Ao todo, o local abriga oito moradores. Alguns já estão no local improvisado há sete meses e contam com ajuda de vizinhos, que doam água e alimentos.

De acordo com os desabrigados, a Prefeitura oferece o serviço de abrigo onde é possível tomar banho, dormir e receber vales para alimentação no restaurante popular da cidade. A assistência seria dada somente aos que são do município. Já os que chegam de outras cidades podem utilizar a Casa Amarela uma vez a cada seis meses.

"Estou aqui há pouco mais de um mês. Tenho três filhos e estou grávida do quarto. Lá em Ribeirão Preto (Interior) tenho casa própria. Viemos em busca de melhores oportunidades de emprego, mas quando chegamos aqui não tinha nada", contou a desempregada Ana Claudia Ferreira da Silva, 34.

Todos fazem sua parte para viabilizar o convívio. Dividem as tarefas, como limpeza e preparação de alimentos, e trabalham vendendo doces nos semáforos da cidade.

"Alguns já conseguiram emprego e até saíram daqui. Não estamos nessa situação porque gostamos ou queremos. Espero que o novo prefeito tenha vontade de ajudar", destacou o vendedor Cleiton Maria de Jesus, 33.

A Prefeitura de Santo André informou que analisará a situação das famílias e se posicionará hoje sobre o assunto.