Uma semana depois de reassumir o comando do Paço, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), voltou a atuar como protagonista na campanha de Donisete Braga (PT) à sua sucessão. Ontem à noite, o chefe do Executivo discursou para centenas de militantes na Associação Nipo-Brasileira e pediu "um pouco mais de empenho" aos partidários na reta final da corrida eleitoral.

"Todos têm se empenhado, mas, neste momento, é preciso que se doem um pouco mais para elegermos o Donisete", conclamou Oswaldo. Em agosto, ele permaneceu 17 dias internado, sendo 11 na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), devido a uma infecção generalizada de origem intestinal.

Ontem, o chefe do Executivo afirmou que quis participar do ato no dia 2 com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mas foi impedido por médicos e familiares - havia recebido alta dois dias antes. "Naquela semana ainda estava convalescente. Hoje (ontem) não vou correr na rua, mas já estou muito bem", disse.

O prefeito apareceu ainda sem o bigode, sua marca desde o início da carreira política, nos anos 1970. Teve de tirá-lo durante a internação para não atrapalhar a inalação. "Agora que o professor Oswaldo Dias tirou o bigode ninguém segura", brincou Donisete.

Além do governante, o ex-vice-prefeito Márcio Chaves Pires (PT) tem ganhado papel de destaque na campanha petista, auxiliando na coordenação e proferindo discursos inflamados em comícios. "Todas as principais lideranças do partido arregaçaram as mangas", identificou Donisete.

FIGURÕES

Depois de Padilha e da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o próximo integrante do primeiro escalão do governo Dilma Rousseff a pedir votos para Donisete Braga será o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que desembarcará em Mauá domingo. O roteiro ainda não foi definido, mas estão programadas falas sobre a instalação de um campus da UFABC (Universidade Federal do ABC) e a construção de cinco CEUs (Centros Educacionais Unificados) na cidade.

A presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Mauá, prevista inicialmente para sexta-feira, provavelmente ocorrerá na semana que vem. A confirmação depende da peregrinação do ex-chefe da Nação pelas capitais.