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Analfabetismo
recua na região

Mais quatro municípios do Grande ABC
ganham selo do Ministério da Educação

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
21/06/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


No Grande ABC, cinco das sete cidades estão livres do analfabetismo. Além de São Caetano, que ostenta o título concedido pelo MEC (Ministério da Educação) a municípios que atingem mais de 96% de alfabetização entre a população de 15 anos ou mais desde 2007, Santo André, São Bernardo, Mauá e Ribeirão Pires também foram contempladas com o selo na última semana.

No total, 207 cidades do País ganharam o Selo de Município Livre do Analfabetismo 2014, sendo 45 no Estado. O MEC usa como critério dados do Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010 relacionados a taxas de analfabetismo. O título foi criado em 2007 e, na ocasião, beneficiou 64 municípios.

De acordo com o Censo 2010, 1,6% da população com 15 anos ou mais de São Caetano não sabe ler nem escrever, o equivalente a 1.955 munícipes. A cidade é a única entre as beneficiadas com taxa abaixo dos 2% (veja tabela ao lado). Já os únicos municípios que não alcançaram o índice adequado estipulado pelo MEC são Diadema e Rio Grande da Serra, com taxas de 4,4% e 5,4% de analfabetismo, respectivamente. No Brasil, o índice era de 9,6% em 2010.

O certificado obtido pelas cidades evidencia o resultado do investimento em políticas públicas voltadas à EJA (Educação de Jovens e Adultos), de acordo com os gestores ouvidos pelo Diário. Em 2013, a região tinha 26,1 mil estudantes matriculados nesta etapa do conhecimento. No entanto, as sete cidades ainda concentram 66 mil analfabetos, o equivalente a 3,27% da população com 15 anos ou mais.

Em São Bernardo, a Prefeitura destacou que a EJA passou a oferecer três modalidades de aprendizado (alfabetização, elevação da escolaridade e qualificação profissional) e oferece gratuitamente transporte, alimentação e material didático para atingir diferentes públicos. “Esse prêmio significa o reconhecimento de uma política que fortalece a continuidade da Educação, de modo que jovens, adultos e idosos possam ter uma escola que respeita as suas especificidades e necessidades”, diz a secretária de Educação, Cleuza Repulho.

“Para alcançar este número, não foi um passe de mágica, mas o resultado do esforço coletivo de muitos anos”, considera o secretário de Educação de Santo André, Gilmar Silvério. Segundo ele, a cidade promoveu campanha para incentivar a conclusão do Ensino Fundamental por quem interrompeu os estudos em 2013 e investe em cursos que integram elevação de escolaridade com a qualificação profissional.

A vice-prefeita de Ribeirão Pires e secretária de Educação, Leonice Moura, ressalta que o selo traz orgulho para a gestão atual e é fruto de trabalho conjunto com os educadores, em especial os professores alfabetizadores. “Eles merecem os louros porque recebem ajuda de custo e desempenham um ótimo trabalho.”

São Caetano foi uma das pioneiras a receber certificado

São Caetano foi uma das 64 primeiras cidades a receber o Selo Município Livre do Analfabetismo, em 2007. A Educação é uma das áreas responsáveis pelo IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) de 0,862, considerado o melhor do País.

A secretária de Educação Ivone Braido Voltarelli destaca que os índices positivos são resultado de ações como o Proalfa (Programa de Alfabetização de Adultos), em parceria com o Instituto Mauá de Engenharia e à oferta de vagas na EJA (Educação de Jovens e Adultos) na EMI Professor Vicente Bastos. Para a gestora, o título representa igualdade. “Todos os moradores têm direitos iguais à Educação e é importante também que eles tenham as mesmas oportunidades”, garante. 




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