A CPI da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) passou ontem por mais um dia de depoimentos sem avanço para esclarecer eventuais irregularidades na autarquia. Convocado, o ex-secretário de Cultura da gestão Aidan Ravin (PSB) Carlos Panini não compareceu à oitiva ao justificar compromissos profissionais assumidos anteriormente. O ex-diretor de licitações do Paço Alair Magni prestou explicações à comissão, mas em nada acrescentou para o processo.

Ambos foram convidados para falar sobre possíveis ilicitudes na contratação da empresa Logos do Brasil, fixada para operar a festa junina de 2012 realizada na Craisa. A suspeita é em relação ao destino do dinheiro arrecadado no evento. Ex-funcionário gratificado, Magni alegou que não tinha competência para firmar o termo de parceria, fechado em junho daquele exercício.

A empresa recebeu R$ 1,585 milhão pelo contrato para organizar três festividades. Apenas para a festa junina foram despendidos R$ 999,4 mil. O departamento técnico do TCE (Tribunal de Contas do Estado) analisou que “não foram poucas as falhas constatadas” no certame, sinalizando suposto direcionamento.

Panini foi novamente convidado: a nova agenda ficou para dia 25, junto com Fabiana Bozzella, ex-titular da Pasta de Gabinete do governo Aidan.

PRAZO
Os integrantes da comissão pretendem concluir os trabalhos até fim de junho, caso não haja fatos novos. São oito semanas no calendário. “Vamos tentar esgotar ao máximo. Queremos votar o relatório antes do recesso parlamentar”, frisou o presidente da CPI, José Montoro Filho, o Montorinho (PT).