Os metalúrgicos não tiveram avanços nas negociações com os patrões ontem. Contrariando a expectativa, o Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) não apresentou nova proposta para a categoria, que rejeitou a oferta do Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação e material bélico) de reposição inflacionária mais 1,35% de aumento real.

A FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores no Estado de São Paulo) é responsável pelas negociações com os sindicatos patronais para chegar a acordos coletivos.

A agenda do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC prevê apenas assembleia, na segunda-feira, na sede da entidade, em São Bernardo, para definir o rumo da campanha salarial. O sindicato representa os trabalhadores de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Os metalúrgicos reivindicam, principalmente, reposição da inflação mais aumento real de 2% nos salários. Também pedem valorização do piso, redução da jornada de trabalho semanal de 44 para 40 horas, sem redução nos salários, e melhorias nas cláusulas sociais. Na região, houve greve de 24 horas na quarta-feira que mobilizou cerca de 8.000 trabalhadores.