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Assembléia cobra retrataçao de lojas que fecharam portas para sem-teto
Por Do Diário do Grande ABC
08/08/2000 | 01:07
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O passeio realizado por cerca de 200 representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, do Movimento Favelania e do Movimento Universidade Popular (MUP) no shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira, continua a provocar polêmica. A reaçao de alguns lojistas, que fecharam as portas quando perceberam a aproximaçao do grupo, foi considerada discriminatória por membros da Comissao de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro), que entregarao na quartaum ofício aos responsáveis pelos seis estabelecimentos acusados exigindo retrataçao pública.

As lojas que fecharam temporariamente as portas no dia da manifestaçao foram a Rudd, a Richard's, a livraria Sodiler, a Aquamar, a Street Jóias e a Marina Jóias. A maioria, porém, alega que o fechamento foi apenas uma precauçao. "Fomos avisados pelos seguranças de que todas as joalherias deveriam ser fechadas mas abrimos logo depois", defendeu-se Cláudia Rodrigues, gerente da Marina Jóias. "Nao sabíamos o que estava acontecendo. Quando soube que era uma visita ao shopping, abri as portas e pus os vendedores à disposiçao", disse a gerente da Richard's, Natalie Fernandes.

Além de pedir esclarecimentos aos gerentes das lojas, a comissao também pretende ouvir o diretor de operaçoes do Rio Sul, Cláudio Guaranys, sobre a intençao de pedir à Associaçao Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), onde é vice-presidente, que estude a possibilidade de lançar mao de uma açao cautelar para impedir manifestaçoes. "Vamos conversar com ele e pedir para que reveja sua posiçao", afirmou o deputado Chico Alencar (PT), presidente da comissao.

Guaranys nao pretende voltar atrás em sua decisao."Nada contra a visita do grupo. Anormal é as pessoas deitarem no chao e fazerem performances, ou seja, usar o shopping para manifestaçoes. Aqui é local de trabalho".




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