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Sharon acha impossível criação de estado palestino em 2005
Da AFP
08/05/2004 | 10:35
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O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, considera impossível a criação de um estado palestino independente em 2005, como prevê o Mapa da Paz. A informação foi divulgada pelo assessor do premiê, Zalman Shoval, após a publicação de uma entrevista na qual o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, diz que tal iniciativa não é “uma meta realista” devido à violência na região e às recentes mudanças na liderança palestina.

“O prazo de 2005 se tornou impossível porque estamos ainda no ponto de partida do Mapa da Paz devido à rejeição da Autoridade Nacional Palestina para lutar contra o terrorismo", disse Shoval, em referência ao plano de paz internacional.

"Nestas condições, é evidente que a data de 2005 já não é nem um pouco realista", acrescentou, satisfeito com o ponto de vista de Bush, que segundo ele coincide com suas declarações sobre uma solução do conflito entre israelenses e palestinos.

Durante uma reunião com Sharon em 14 de abril na Casa Branca, Bush considerou como "não realista" um regresso às fronteiras do armistício de 1949 e considerou "preferível" que o direito de retorno dos refugiados seja para um Estado palestino.

O líder palestino Yasser Arafat, por sua vez, disse que não é realista a idéia de adiar ainda mais a criação de um estado palestino. Em entrevista à imprensa em Ramallah, onde se encontra confiando, Arafat disse que tal estado palestino "já deveria ter sido proclamado em 1998-1999" em virtude, por exemplo, dos acordos passados com Israel, que fixavam esse primeiro prazo para uma solução definitiva do conflito.

O Mapa da Paz, que não foi aplicado, estipula que desde a primeira fase os palestinos devem deter a violência enquanto Israel tem que parar com a criação de novos assentamentos e deixar as zonas ocupadas depois do início da Intifada.

Por outra parte, o assessor de Sharon expressou reservas sobre a reunião prevista para ser realizada entre os dias 17 e 23 de maio entre a conselheira de segurança nacional de Bush, Condoleezza Rice, e o primeiro-ministro palestino, Ahmed Qorei, que significará a retomada dos contatos de alto nível entre as duas partes.

"Reunir-se com Qorei é reunir-se com o emissário direto de Yasser Arafat, mas suponho que Washington tem suas razões para manter este encontro", estimou em referência ao presidente da Autoridade Nacional Palestina que Israel quer deixar à margem das negociações, ameaçando-o de expulsão e inclusive de morte.




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