Palavra do Leitor Titulo
A polícia e as vítimas de confronto

A resolução da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo...

Por Dgabc
15/01/2013 | 00:00
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Artigo

A resolução da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo que impede policiais de socorrer feridos, especialmente os vitimados em confronto, é faca de dois gumes. Se, por um lado, garante atendimento especializado e preserva a cena pericial do acontecido, por outro, representa demora a mais no socorro, pois, em vez de levar a vítima na sua viatura, que já se encontra no local, o policial agora tem de chamar o Samu ou o resgate dos bombeiros para que equipes especializadas se desloquem de suas bases. Isso demora algum tempo, maior ou menor, dependendo da distância a ser percorrida pelos paramédicos e das condições do tempo e do trânsito. Se for paciente esvaindo-se em sangue, esse tempo pode representar diferença entre a vida e a morte.

Socorrer vítimas é procedimento normal de trabalho da polícia. Esse procedimento causa questionamentos, principalmente quando se discute a possibilidade de violência policial. Mas, até por tradição, aos olhos do povo, é inadmissível e desumano ver vítima caída ao solo, ao lado de viatura policial, à espera da chegada do socorro. É preciso ver, no conjunto das ocorrências, o que é mais produtivo e de interesse da sociedade.

A atividade policial envolve riscos constantes tanto à população quanto aos próprios policiais, pois a polícia só é chamada ou age quando existem problemas e condutas fora do controle. Sua presença tem a finalidade de restabelecer a ordem pública. Daí a importância do treinamento e constante conscientização do agente policial. Ele é o primeiro garantidor da ordem e, muitas vezes, tem de agir com energia e até força equivalente à transgressão a ser enfrentada.

Esse propósito administrativo não pode representar desonroso ‘pito' ao policial que, até agora, foi treinado para socorrer e levar as vítimas encontradas até o pronto-socorro mais próximo. Se do episódio restar essa imagem punitiva, não será difícil a tropa, sentindo-se sem a necessária retaguarda da corporação, preocupada com a repercussão de seus atos, cair em apatia e passar a atuar apenas em atividades padrão, evitando os confrontos e perseguições, que podem resultar em sanções disciplinares. Não há nenhuma lei ou regulamento que obrigue o policial a abordar ou perseguir suspeitos. Ele o faz por experiência e vivência. Se deixar de fazer, o governo não receberá mais queixas relativas à violência policial, mas, em contrapartida, a marginalidade, hoje combatida, estará livre para agir.

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo.

PALAVRA DO LEITOR

Shoppinho

Notícia veiculada neste Diário dá conta de que a Prefeitura de Santo André vai fazer mutirão para limpeza de galerias e bocas de lobo (Setecidades, dia 10). Gostaria de aproveitar para sugerir o seguinte: em frente à entrada do Shoppinho, na Rua Álvares de Azevedo, no Centro, há afundamento na pista, próximo à calçada. Toda vez que se acentua, a Prefeitura enche o desnível com asfalto. Pouco tempo depois, começa novamente e a ação se repete. Esse afundamento acontece porque há galeria no local. Tudo indica que está bloqueando a galeria e, em pouco tempo, estará totalmente obstruída. Trata-se de fazer o reparo de dentro para fora e não ao contrário, como sempre foi feito. Quando o desnível está acentuado, como está ocorrendo, há o risco de acidentes graves com pedestres. Devo lembrar que a galeria é obra muito grande e importante contra as enchentes na região central. A Prefeitura precisa cuidar dessa obra com carinho, se quiser que dure. Com a palavra, o secretário de Obras e o prefeito.

Sebastião Oliveira, Santo André

Ervas daninhas

Em todas as cidades que conheci até hoje, não vi descaso igual ao qual a administração andreense deixou os canteiros e jardins da cidade. Na Perimetral tem canteiro com as maiores tiriricas que já vi. Peço ao novo prefeito que coloque pessoas capazes de administrar e que saibam as diferenças entre grama, capim e pragas.

Osvaldo Praxedes, Santo André

Memória - 1

Quero parabenizar este Diário, na pessoa de Ademir Medici, pela excelente reportagem com o senhor Luiz Alesina, um dos personagens mais ilustres da nossa querida Mauá. Foi muito bom saber mais dos seus feitos pela cidade, da sua vida, da sua luta para conseguir estudar e trabalhar da forma competente como ele sempre fez. Desde criança ouvia meu pai falar sobre ele quando se referia ao projeto e construção da nossa casa, hoje demolida, na Almirante Tamandaré, nos idos de 1951, sobre a sua competência, inteligência e, acima de tudo, a amizade que se criou a partir daí. Fiquei feliz em saber que ele, aos 87 anos, ainda continua com a memória privilegiada, contando com riqueza de detalhes sua vida e influência política, especialmente no início de Mauá emancipada. Parabenizo também o vereador Edgard Grecco Filho pela feliz ideia em trazer a público um pouco da história de Luiz Alesina que se mistura com a de Mauá.

Eunice Gallo, São Caetano

Memória - 2

A Semana Luiz Alesina é justa homenagem ao cidadão, mas, mais do que isso, é celebração à história política de Mauá. A memória privilegiada do Alesina deve merecer da Casa Legislativa o devido reconhecimento público ao italianinho que muito contribuiu e influenciou na construção de Mauá. Sei que seo Luiz tem muito mais a contar e, com a ajuda de Deus, novas lembranças serão ainda reveladas nessas páginas. Afinal, sempre esteve ligado a toda atividade mauaense, quer política, cultural, esportiva ou social. A reportagem retrata bem quem é o Alesina - o aliado certo para as lutas mais difíceis. E ele nunca rejeitou o enfrentamento da dificuldade. Sempre na liderança, como todo ser humano, acertou e errou, mas nunca deixou de ser leal e lutador. Ao Diário, ao Medici e ao Edgard, parabéns pela feliz iniciativa.

Olavo Silva Júnior, São Bernardo

Memória - 3

Há, pelo menos, duas maneiras de preservar o passado: conservá-lo na memória e reavivá-lo como muito bem faz o amigo colunista Ademir Medici. A sua coluna Memória, neste conceituado Diário, tem possibilitado aos saudosistas e entusiastas dos acontecimentos passados imersão em fatos que jamais deverão ser esquecidos. Prova disso é a homenagem prestada aos alunos formandos pelo Imes da turma de 1970, na qual me incluo com muito orgulho. Obrigado, caro Ademir, e continue nos presenteando com relíquias como essa.

Alvaro Juvenal. C. Ferreira, Santo André 




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