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Para sair do cheque especial, melhor opção é o consignado
Por Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
11/02/2006 | 08:27
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As fortes campanhas de marketing patrocinadas pelos bancos neste início de ano, onde se oferece crédito voltado desde o pagamento de dívidas pessoais até compromissos como o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial e Urbana) e gastos escolares é positiva, porém, o consumidor deve ter muita cautela antes de decidir por esse caminho. O grande problema reside nos juros cobrados versus o orçamento apertado.

Uma dessas campanhas, feita por um grande banco de varejo, oferece crédito pessoal com taxa de 3,9% ao mês para pagamento entre dois e 12 meses versus um juro de 8,4% cobrado no cheque especial. Para um empréstimo de R$ 5 mil parcelado em seis vezes (de R$ 954,99), paga-se um total de R$ 5.729,94. Já o mesmo valor parcelado em oito vezes (R$ 743,93), o financiamento sai por R$ 5.951,44, ante R$ 6.418,92 se o mesmo for feito em 12 parcelas de R$ 534,91.

A alternativa do crédito pessoal só é interessante se você está com o cheque especial no limite. Nunca feche uma operação de crédito pessoal para pagar outras dívidas que não seja as que já possui, como neste exemplo, a do cheque especial.

Outro fato importante é sua capacidade financeira de pagar o financiamento. Tomando por base que o ideal é direcionar no máximo 30% do seu orçamento doméstico para o pagamento de imóveis, veículos ou empréstimos bancários, uma parcela mensal de R$ 954,99 implica que o consumidor tenha um salário de no mínimo R$ 3.183,30. Abaixo desse valor, tomar o empréstimo já passa a exigir maiores sacrifícios, pois o mesmo sendo fechado hoje – e com a primeira parcela em março –, só terminará em agosto.

O crédito consignado é hoje a melhor alternativa em termos de juros para equilibrar o orçamento. Por ter como garantia a cobrança direta em folha, o risco de crédito é menor e, portanto, o juro cai. Pode-se encontrar bancos fazendo a operação a taxa de 2% ao mês.




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