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Fidel Castro diz que o pior já passou
Da AFP
05/09/2006 | 07:06
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O presidente licenciado de Cuba, Fidel Castro, afirmou que o momento mais crítico de sua crise de saúde ficou para trás e garantiu que receberá as autoridades que assistirão a reunião de cúpula do MNOAL (Movimento de Países Não Alinhados) na próxima semana.

"Posso afirmar que o momento mais crítico ficou para trás. Hoje me recupero em ritmo satisfatório. Nos próximos dias receberei visitantes distintos", afirma Castro, de acordo com o site do jornal oficial Granma. "Isto não significa que cada atividade vá estar imediatamente acompanhada de imagens fílmicas ou fotográficas, mas sempre serão oferecidas notícias de cada uma delas", acrescenta a mensagem assinada pelo próprio Fidel.

O líder cubano, que em algumas fotos aparece vestido com um pijama azul e em outras com um branco, informa que em poucos dias perdeu 18,6 quilos e que há poucos dias foi retirado o último ponto cirúrgico, depois de 34 dias de convalescença.

O governante foi submetido a uma cirurgia intestinal. Fidel afirmou que em nenhum dia, desde o início da doença, deixou de fazer "um esforço para sanar as conseqüências políticas adversas de tão inesperado problema de saúde" e destacou que avançou em várias questões importantes.

A última mensagem que Fidel dirigira aos cubanos havia sido divulgada em 13 de agosto, quando completou 80 anos, em um texto publicado no jornal Juventude Rebelde com suas primeiras fotos de convalescente, no qual afirmava estar melhor, mas não descartava qualquer notícia adversa e prometia lutar pela vida.

"Todos devemos compreender que não é conveniente oferecer sistematicamente informações, nem divulgar imagens sobre meu processo de saúde. Todos devemos compreender também, com realismo, que o tempo de uma completa recuperação, queiramos ou não, será prolongado", destaca a mensagem desta terça-feira. O líder da revolução cubana acrescentou que não teme nada e que ninguém deve temer algo, pois o país "está bem e avança".

Pela primeira vez em quase 48 anos de governo, Fidel Castro cedeu em 31 de julho todos os poderes ao irmão Raúl. Um dia depois declarou sua saúde "segredo de Estado", alegando que os Estados Unidos poderiam utilizar a informação para agredir Cuba.




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