O Brasil é o maior celeiro mundial de craques no futebol. Em época de Copa do Mundo, fica fácil entender o porquê. A paixão pelo esporte começa nos primeiros anos de vida dos garotos, e eles são os que mais se dedicam a torcer pela seleção. Não há uma rua na região enfeitada para o torneio que não tenha tido participação esforçada e empolgada dos meninos.

Mesmo durante o processo de pintura das ruas, sarjetas e postes, a bola – na maior parte dos casos já encardida e com o couro do revestimento descosturado – fica nos pés da molecada, enquanto irmãos mais velhos e outros vizinhos planejam os desenhos que trarão cor para o asfalto negro das ruas. Só na hora de passar a tinta é que a molecada participa mesmo do processo de enfeitar. No bairro Tamarutaca, em Santo André, a comunidade deu preferência para que os trabalhos fossem feitos justamente pelos mais novos.

Enquanto algumas ruas se transformam num enorme respingado de verde-amarelo, encontrando as mais diversas formas possíveis de representar a bandeira nacional e a seleção, outras homenagearam o torneio como um todo, colocando no asfalto as cores dos 32 países que disputarão a taça a partir de sexta-feira. Mas, mesmo nessas ruas, a representação dos outros países tem somente um papel coadjuvante em relação ao Brasil.